Surfe aconteceu na Lagoa Azul, no Capricórnio, um dos principais pontos turísticos da cidade
Por Salim Burihan
O surfista Alex Azevedo, de 16 anos, morador do barro Delfim Verde, na região norte de Caraguatatuba, aproveitou o rompimento de um dos braços da Lagoa Azul, feito por máquinas da Prefeitura, para praticar surfe na Lagoa Azul, um dos pontos turísticos mais visitados de Caraguatatuba, na praia do Capricórnio.
A prefeitura de Caraguatatuba “rompeu” um braço da Lagoa Azul, na Praia de Capricórnio, na região norte, para liberar o escoamento do Rio Capricórnio e evitar alagamentos nos bairros vizinhos. As imagens feitas por Milena Gaia Pandolfelli, também moradora do Delfim Verde, foram produzidas na segunda-feira passada, dia 21, mas acabaram “viralizando” nas redes sociais nesta segunda-feira, dia 28. As imagens são impressionantes.
Confira as imagens feitas por Milena Gaia:
De costa para o mar, na praia de Capricórnio, Alex permaneceu por um longo tempo nas ondas “paradas” formadas pela correnteza das águas que deixavam a lagoa em direção ao mar, após o rompimento do braço da lagoa pela prefeitura, na semana passada.
Segundo Jules Verne, fotógrafo que vive no bairro, este tipo de surfe é muito perigoso e não é recomendado, por causa da forte correnteza que se forma entre o rio e a praia. “Ás vezes, até troncos de árvores, descem o rio em direção à praia”, explicou.
“Eu já salvei algumas crianças que brincavam no início do rompimento, onde tinha pouca vazão, conforme vai vazando aumenta muito a correnteza e acaba levando as pessoas pra longe da praia”, alertou Jules.
A prefeitura de Caraguatatuba “rompe” um dos braços da Lagoa Azul, na Praia de Capricórnio, na região norte, em períodos de chuva, para liberar o escoamento do Rio Capricórnio e evitar alagamentos nos bairros do Jetuba, Jardim Santa Rosa, Capricórnio 2 e Jardim do sol.
Segundo a prefeitura, esta medida, que consiste em romper a barreira de areia que separa a lagoa do mar, é uma prática comum para evitar que a água da lagoa transborde e provoque alagamentos, especialmente em períodos de chuva.
A Lagoa Azul, que não é propriamente uma lagoa, mas sim um estuário, nem sempre com água em boas condições, precisa ter seu fluxo controlado para evitar problemas de alagamento. poluição e saúde pública, além de garantir a balneabilidade da praia do Capricórnio.