O Mirante do Baepi, um dos locais mais visitados por turistas em Ilhabela, recebeu o plantio de mudas de árvores nativas da mata atlântica pelo Viveiro Municipal Aroeira, pertencente à Secretaria de Meio Ambiente de Ilhabela.
O Pico do Baepi com 1048 metros de altitude (o sétimo maior pico da ilha), é muito procurado pelos amantes do montanhismo. Além da mata atlântica, lá de cima se tem uma visão maravilhosa do Canal de São Sebastião, da costa de Ilhabela e do litoral de São Sebastião.
A trilha de acesso ao Pico do Baepi tem cerca de 7 quilômetros de extensão. O percurso na subida pode ser feito em duas horas devido ao trecho ser bem íngreme. Já a descida leva cerca de 1h30. O ideal é contratar guias para subir o pico e usar vestimentas adequadas, levar água e alimentos, repelentes e o celular.
Árvores
As árvores plantadas, exemplares de Guapuruvu, Embaúba, Paineira e Ipê, são consideradas pioneiras, de crescimento rápido, e promovem as condições necessárias para o adensamento florestal de outras espécies que necessitam de sombreamento para sobreviverem.
Além do plantio, os funcionários do viveiro ainda retiraram ervas daninhas e capinaram a área para a retirada de braquiárias, que são gramíneas exóticas e competem pelos nutrientes com as mudas recém-plantadas. A capinação também protege todo o perímetro de possíveis incêndios por meio da técnica de aceiro.
Os aceiros são limitações com o intuito de interromper a ação do fogo e reduzir a possibilidade de alastramento, na qual as gramíneas são retiradas para evitar o mato seco, principal combustível dos incêndios florestais.
Desafio ambiental
A área no entorno do Baepi já foi utilizada, no período colonial, para o plantio da Cana de Acúcar, monocultura que exaure o solo e dificulta a reintrodução de espécies nativas por meios naturais, como insetos polinizadores e a disseminação de sementes pelas aves silvestres e pequenos mamíferos.
Por este motivo, o Viveiro Municipal Aroeira plantou ao longo dos últimos dois anos mais de 500 mudas da Mata Atlântica. Entre as espécies estão o Araça, a Quaremeira, Ipês brancos, amarelos e rosas, além de Aroeiras, Embaúbas e Paineiras.
Mesmo com todo o esforço da equipe do viveiro cerca de 30% das mudas não sobreviveram aos incêndios na região, representando um desafio que reforça a necessidade de manutenção e plantio contínuo para a recuperação florestal.