Polícia de Caraguatatuba prende suspeito pela morte de Laryssa; jovem “lutou” para impedir a violência sexual, mas foi morta asfixiada

Suspeito cederá material biológico para exames de DNA; Laryssa lutou o quanto pode para impedir a violência sexual, mas foi estrangulada e morta asfixiada

 

A polícia civil de Caraguatatuba prendeu um homem, de 21 anos, suspeito de ter participado da morte da jovem Laryssa Cristina Agostinho dos Santos, de 21 anos, ocorrida na noite de sábado, dia 14. O corpo da jovem foi encontrado na segunda-feira, dia 16, em um matagal às margens de uma ciclovia, na Avenida Presidente Campos Sales, no bairro do Jaraguazinho, na entrada da cidade. Laryssa foi sepultada na tarde desta terça-feira, no Cemitério do Recanto das Flores, no bairro do Indaiá.

O suspeito foi detido no bairro do Massaguaçu, levado até a delegacia e  aguarda exames pela polícia científica para comprovar a sua participação na morte da jovem. O homem, com hematomas ao redor do pescoço, disse que chegou a conversar com a Laryssa na noite de sua morte, mas nega ser o responsável pela crime. Ele afirma que os hematomas(marcas) em seu corpo foram deixados por um travesti com o qual ele se relaciona. Ele concordou em ceder material para exames. O material genético dele será comparado com amostras encontradas no corpo de Laryssa.

A coleta de material biológico para exames de DNA é fundamental para solucionar casos de crime sexual. A coleta de material biológico é de extrema importância para a identificação do  responsável pela morte de Laryssa. Como não existem testemunhas e nem imagens de câmeras de monitoramento mostrando o autor ou autores do crime caberá a Polícia Científica a missão de tentar identificar e  prender o responsável pela morte da jovem.

Segundo informações, Laryssa teria lutado o quanto pode para tentar impedir a agressão sexual que foi vítima. Ela teria arranhado e socado o agressor ou agressores, deixando marcas no corpo deles. Ainda não foi esclarecido se ela foi atacada por um ou mais homens.  Sabe-se apenas, que ele lutou bravamente, o quanto pode para tentar impedir a violência sexual, mas acabou sendo estrangulada e morta asfixiada.

Como houve luta corporal entre ela e seu agressor(es), a polícia cientifica deve ter coletado material subungueal dos dedos da vítima a fim de se buscar detectar material biológico do possível agressor(es). Este procedimento também deverá ser feito nos suspeitos que forem detidos pela polícia. Por enquanto, apenas uma pessoa foi detida. A polícia civil classifica o caso como feminicídio e usa o setor de inteligência para tentar identificar e prender o autor (ou autores) do crime que abalou a cidade de Caraguatatuba.

Laryssa

Laryssa que trabalhava no Supermercado Shibata, no Jaraguazinho, estava desaparecida desde às 22h15 da noite de sábado, dia 14, quando deixou o estabelecimento para ir para a sua casa.  Como ela não aparecia, a família registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia e postou o desaparecimento dela nas redes sociais.

O corpo de Laryssa foi encontrado na manhã de segunda-feira, dia 16, em uma área de mata próxima a uma ciclovia, no bairro do Jaraguazinho, próximo ao km 82+200 metros da rodovia dos Tamoios, trecho de descida da serra(Foto). O local foi isolado pela polícia para facilitar os trabalhos da polícia cientifica.

Segundo a polícia civil, o corpo dela estava parcialmente despido. Existia a suspeita de que ela teria sido violentada e morta. Um celular e a bolsa dela foram encontrados no local. O corpo de Laryssa  foi levado para o IML (Instituto Médico Legal), onde após os exames de a necropsia foi liberado para a família. O sepultamento dela ocorreu às 14 horas desta terça-feira,17, no Cemitério do Indaiá, sob grande comoção por parte da família e amigos.

 

 

A morte de Laryssa assustou os moradores dos bairros do Jaraguazinho, Ponte Seca e Rio do Ouro, que utilizam no dia a dia o trecho da ciclovia onde o corpo dela foi encontrado nesta segunda-feira.  Os moradores reclamam da deficiência na iluminação e da falta de câmeras de monitoramento no trecho.

“Eu e minha família e boa parte dos moradores dos bairros da Ponte Seca, Rio do Ouro e Jaraguazinho utiliza esse caminho. Por várias vezes denunciamos a deficiência na iluminação, a precariedade da acessibilidade, dentre outras questões”, comentou o advogado Ilson Vitório  de Souza.

Rosana Carmo, de 32 anos, moradora do Jaraguazinho, onde o corpo de Laryssa foi encontrado,  que trabalha como doméstica no centro da cidade e, que usa a ciclovia todos os dias,  disse que irá evitar passar pelo trecho durante a noite. Segundo ela, o local realmente tem muita deficiência na iluminação.

 

 

 

 

 

 

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