O prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci (PL), criticou o Governo do Estado por supostas falhas no sistema de travessia de balsas entre São Sebastião e Ilhabela e nas obras do Contorno Sul, novo trecho rodoviário que liga Caraguatatuba a São Sebastião. As considerações de Colucci foram feitas na terça-feira, dia 26, durante entrevista concedida a Rádio Morada FM (95,5).
Com relação a travessia de balsas, o prefeito voltou a cobrar a realização de uma audiência pública, em Ilhabela, para se discutir uma possível privatização do serviço. Segundo Colucci, a travessia existe em função de Ilhabela.” Nossa população precisa ser ouvida no processo de privatização do sistema”, comentou.
O prefeito também criticou os atrasos nas melhorias prometidas para a travessia. Segundo ele, a balsa FB-30 está atrasada na entrega há quase três meses, e a balsa de passageiros ainda não voltou. “Prometeram que retornará antes de 15 de dezembro. Espero que cumpram, pois nossa população e o turismo têm sofrido com isso. Felizmente, a temporada de navios tem sido um sucesso e ajuda a amenizar os impactos”, afirmou Colucci.
Contorno Sul
O prefeito de Ilhabela também fez críticas a nova rodovia Contorno Sul inaugurada em 18 de novembro a um custo de R$ 3 bilhões, após ficar 11 anos em obras. Segundo Colucci, o projeto apresenta graves deficiências que comprometem sua funcionalidade. Ele citou como exemplo, trechos de mão dupla e sinalização inadequada.
Colucci também destacou que falta um acesso direto ao Hospital Regional de Caraguatatuba. “Existe uma via praticamente pronta, mas não pode ser usada devido a uma pendência de desapropriação. Isso já deveria ter sido resolvido. Hoje, uma ambulância de Ilhabela ou São Sebastião precisa fazer um trajeto muito maior para chegar ao hospital. Isso é inadmissível”, afirmou.
O prefeito de Ilhabela chegou a comentar durante a sua entrevista na Morada do Sol que “gastaram milhões em túneis e rodovias, mas ainda temos faixas contínuas que proíbem ultrapassagens em trechos importantes. Parece que não houve supervisão adequada do projeto, e quem sofre é a população”.