Peruíbe registra seis casos suspeitos de intoxicação por consumo de marisco

Estado liberou retiradas de mexilhões em algumas áreas monitoradas de São Sebastião, Ilhabela e Cananeia. Maior fazenda marinha do estado, na Praia da Cocanha, em Caraguatatuba, atividades permanecem suspensas(Foto).

 

A Prefeitura de Peruíbe, no litoral paulista, registrou seis casos suspeitos de intoxicação pelo consumo de moluscos  bivalves, como mariscos, mexilhões e ostras, nos últimos dias. O município é um dos quatros onde técnicos do governo encontraram alta concentração de microalgas tóxicas com potencial de contaminação no início de agosto.

 

A extração e o comércio dos moluscos bivalves, mariscos, mexilhões e ostras estavam proibidas desde o dia 12 de agosto pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), através da sua Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), desde o dia 12 de agosto.

 

A Secretaria Municipal de Saúde de Peruíbe, através da Vigilância Epidemiológica, informou que essas intoxicações não resultaram em internação dos pacientes. A prefeitura não informou quando os casos foram registrados.

 

A Vigilância Sanitária de Peruíbe realizou vistorias nos restaurantes e estabelecimentos que comercializam frutos do mar nos dias 14 e 16 de agosto e interditou estoque de marisco em três comércios de forma cautelar.

 

De acordo com nota técnica, divulgada pelo governo estadual na última terça-feira (20), caberá aos grupos de Vigilância Sanitária estadual e municipal inutilizar os produtos interditados cautelarmente em cumprimento à primeira determinação.

 

O consumo de moluscos bivalves contaminados pode causar síndromes diarréicas, náuseas, vômitos e dor abdominal a partir de 30 minutos a algumas horas após a ingestão.

 

Coletas

 

O Governo de SP, por meio do grupo intersecretarial, formado pelas secretarias de Agricultura e Abastecimento, Saúde e Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, anunciou na segunda-feira (19) a liberação da retirada de moluscos bivalves, como mariscos, mexilhões e ostras provenientes dos cultivos de Cigarras em São Sebastião, Itapema em Ilhabela e Itapitangui e Porto Cubatão em Cananéia, no litoral paulista.
A decisão ocorre após análise de resultados dos materiais obtidos em coletas realizadas nos últimos dias 13 e 14 de agosto pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), através da sua Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), e reverte a suspensão de consumo e comércio de moluscos bivalves provenientes de fazendas marinhas dessas áreas monitoradas. Ainda segue a suspensão da retirada dos moluscos em: Toque Toque em São Sebastião, nas áreas de Ubatuba, Cocanha em Caraguatatuba e em Mandira em Cananéia, áreas que não tiveram materiais coletados. 

“Pedimos a colaboração dos produtores para podermos manter a rotina de análises e garantir que apenas mariscos e ostras não contaminados cheguem ao consumidor”, explica Ieda Blanco, médica-veterinária e gerente do Plano Estadual de Monitoramento dos Moluscos Bivalves (PEMMOBI).

 

A suspensão do consumo e venda de moluscos bivalentes no estado ocorreu após relatórios de ensaio de amostras de água coletadas pela Companhia Ambiental do Estado De São Paulo – Cetesb e pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo no período de 28/07/2024 a 05/08/2024 detectarem a presença de biotoxinas produzidas por microalgas marinhas acima do valor máximo permitido.

 

Desde 2021 foi implementado um Plano de Contingência para Gestão Integrada de Riscos Associados a Florações de Microalgas Tóxicas em Águas do Litoral Paulista, através da Resolução Conjunta SES/SIMA/SAA 001, pelo governo paulista e que, em função da descoberta de microalgas tóxicas, foi acionado e proibiu o comércio, por meio da interdição cautelar, dos estoques de moluscos bivalves como o marisco e ostras disponíveis nos estabelecimentos comerciais no estado de São Paulo.

 

Novas coletas serão realizadas a fim de alcançar o monitoramento de todas as áreas de cultivo do litoral paulista. Condições climáticas e dificuldade de acesso impediram a coleta e análise de todas as áreas monitoradas.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *