Um dos principais problemas na travessia da balsa entre São Sebastião e Ilhabela, segundo os usuários do sistema, seria a falta de organização nas filas de embarque e desembarque, principalmente, nas ruas e avenidas que dão acesso ao terminal em São Sebastião. Esta semana, o Estado divulgou que está investindo para melhorar as filas nas travessias litorâneas.
O Estado divulgou que está investindo R$ 6,9 milhões em sistema para melhorar filas nas travessias litorâneas. Buscando melhorar e agilizar o deslocamento de veículos no embarque e desembarque das travessias litorâneas do estado de São Paulo, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), por meio do Departamento Hidroviário (DH), está investindo R$ 6,9 milhões no projeto de Gestão de Apoio ao Trânsito. A iniciativa fornece suporte aos órgãos de trânsito municipais, com agentes atuando na organização das filas de acesso aos embarques, colocação de cones e cavaletes de sinalização aos motoristas, abertura e fechamento de acessos, suporte e orientação com informações aos usuários do sistema de travessias.
“Temos atuado em todas as frentes para garantir a melhoria do serviço prestado aos cidadãos, seja investindo na modernização das estruturas de embarque e desembarque, na reforma das balsas e aluguel de novas embarcações, seja por meio deste projeto que contribui para maior organização das filas, garantindo mais agilidade no serviço”, destaca a diretora do Departamento Hidroviário (DH), Jamille Consulin.
O pacote de serviço atual abrange o sistema de travessias que interliga os municípios de Santos e Guarujá, Guarujá e Bertioga, São Sebastião e Ilhabela, e Cananéia e Ilha Comprida, considerados os quatro de trajetos com maior fluxo de usuários. Segundo levantamento do Volume Médio Diário (VDM), realizado pelo Centro de Controle Operacional do DH, essas travessias receberam juntas, apenas no mês de junho, uma média de 26,5 mil veículos por dia, contando carros e motocicletas.
Aos finais de semana, feriados e férias escolares, o contingente de agentes é reforçado para atender à demanda de alta temporada nas regiões litorâneas. As equipes operam em turnos de revezamento, alocados conforme a demanda de cada lado da travessia. Todos os profissionais atuam devidamente uniformizados em local de operação e fazem uso de veículos caracterizados e sinalizados, quando necessário.
Um dos grandes benefícios para os usuários é a inibição dos “furões de fila”, uma prática relatada pelos usuários para os operadores nas filas das travessias mais movimentadas, como Santos/ Guarujá e São Sebastião/ Ilhabela. A presença dos agentes contribui para um ambiente organizado, garantindo que todos respeitem a ordem de chegada.
Na última semana de julho, foram inúmeras as reclamações sobre a longa demora na fila da travessia entre São Sebastiao e Ilhabela e vice-versa. Alguns usuários reclamaram que chegaram a esperar por seis horas para fazer a travessia em dia de semana.
Em nota encaminhada à imprensa, A secretária Natália Resende, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, justificou que o atual governo teria recebido um sistema precarizado, fruto de décadas de subinvestimento, e desde então está atuando fortemente para garantir a melhoria dos serviços prestados aos cidadãos que utilizam as Travessias, com foco nas regiões de maior demanda. Segundo ela, a Semil está atualmente reformando estruturas de atendimento aos usuários, estações, flutuantes de atracação e balsas, para garantir, em primeiro lugar, segurança aos usuários, além de conforto e agilidade no serviço.
O secretária também prevê novos contratos para locação de balsas e lanchas. Além das nove embarcações alugadas que servem às Travessias Litorâneas, em 2024 foram contratadas mais quatro balsas para as Travessias do Reservatório de Paraibuna. Segundo a Natália Resende, a locação de balsas para complementar a operação é fundamental para manter a capacidade operacional do sistema durante a reforma ou manutenção de embarcações.