Instituto Biopesca reabilita um petrel-grande, ave oceânica resgatada debilitada no litoral paulista

Ave oceânica está sendo reabilitada no Biopesca,  em Praia Grande. Petrel-grande. Foto: Reprodução Wiki Aves

 

Um petrel-grande (Macronectes giganteus), também conhecida como pardelão-gigante, uma ave oceânica com envergadura (comprimento de uma asa à outra) que pode chegar a 2,10 metros se recupera depois de resgatado e estabilizado pela equipe do Instituto Biopesca que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).

 

 

O petrel-grande foi resgatado em Itanhaém no dia 15 de julho. A ave está em reabilitação na sede do Instituto Biopesca em Praia Grande. A ave, além de medicamentos e alimentação especial, também, tem atendimento de  fisioterapia, para reativar o movimento de suas asas. O instituto também tem resgatado pinguins que aparecem debilitados nas praias da região.

 

Petrel-grande em reabilitação no Instituto Biopesca, em Praia Grande

 

 

O petrel-grande, vive nas águas frias do hemisfério sul. Tem um bico enorme, apresenta duas plumagens distintas, uma branca e outra escura. Todas as idades apresentam o bico amarelado com a ponta do bico na coloração verde pálido. Os machos são significativamente maiores que as fêmeas, com envergaduras entre 2,1 e 2,4 metros (fêmeas entre 1,80 e 1,83 metros) e pesando uma média de 5 quilogramas os machos, contra 3,8 quilogramas para as fêmeas.

 

 

A nidificação começa em outubro em ilhas de alguns arquipélagos austrais (como Ilhas Auckland e Campbell, Ilha Gough, ao sul do Arquipélago de Tristão da Cunha, Ilhas Malvinas, Ilhas Geórgia do Sul), formando colônias dispersas de até trezentos casais. A incubação de seu único ovo dura de 55 a 66 dias e os filhotes deixam o ninho com 104 a 132 dias, quando pesam 1,3 vezes mais que um adulto. A maturidade sexual é atingida aos 6 ou 7 anos de idade e a expectativa de vida é de mais de 9,5 anos.

 

 

Pinguim

 

 

O instituto também está reabilitando dois pinguins juvenis que também foram resgatados em Itanhaém nos dias 15 e 20 de julho. Essas aves estão em período migratório, então é bem comum avistá-las nas praias, principalmente os mais jovens. Por ainda serem inexperientes, podem se perder do bando e encalharem nas praias.

 

 

Segundo o instituto, os dois pacientes, assim com a maioria do que estão sendo atendidos no Biopesca, têm a Síndrome do Pinguim Encalhado, apresentando sintomas como desidratação, subnutrição e baixa temperatura corporal.

 

 

O Biopesca recomenda: ao avistar um pinguim ou qualquer outro animal marinho na praia, devem ser acionados os órgãos ambientais que podem ajudá-lo, a exemplo do Instituto Biopesca. Além disso, deve-se manter distância, não fazer barulho, afastar qualquer outro animal que se aproxime. Eles são animais que vivem na natureza e não têm contato com humanos, e assim devem ser protegidos de qualquer tipo de contato, seja com pessoas ou com animais domésticos.

 

 

No caso dos pinguins, outra recomendação muito importante é não colocá-los na água e nem no freezer, geladeira, cooler ou qualquer outro ambiente gelado, já que eles estão com a temperatura corporal baixa e devem ser aquecidos.

 

 

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

 

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos, mas debilitados, ou mortos, entre em contato pelo telefone 0800 642 3341 (horário comercial). Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.

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