O beach tennis é uma realidade no Brasil e o número de praticantes cresce a cada ano desde 2008, quando a modalidade desembarcou no país. Em 2021, o número de atletas era de 400 mil pessoas, segundo a Confederação Brasileira de Tênis (CBT). Já em 2023, aumentou para 1,1 milhão.
O Brasil recebe cerca de 92 torneios ao longo do ano e sediou o mundial organizado pela ITF. Seja para alto rendimento, para manter a forma ou para diversão, é inegável que o ‘beach venceu’, como diz o personagem do humorista Fausto Carvalho, com milhões de visualizações nas redes sociais.
Numa quadra anexa ao Yacht Club de Ilhabela (YCI), os integrantes da equipe do Phoenix 44, na disputa da Semana Internacional de Vela de Ilhabela Daycoval, jogam diariamente beach tennis.
Liderados por Mario Dottori, os velejadores Fábio Cotrim, Jorge Zarif e Nacho mostram suas habilidades com as raquetes. ”No beach tennis você pode xingar bastante, né? Você solta o braço… Te dá realmente um bom preparo mental. É um pouquinho difícil também, além do que o beach venceu”, brincou Mario Dottori.
A tripulação começou a praticar o beach tennis após a disputa do Circuito Oceânico de Santa Catarina em Florianópolis (SC) e não parou mais! Quando a quadra do YCI passou para um espaço anexo ao clube em Ilhabela (SP), os treinos e os ‘rachas’ ficaram mais intensos.
”A equipe começou a jogar lá e agora virou uma tradição. O esporte ajuda muito com o estresse. Se tem muito estresse, xinga lá para o seu aniversário”, disse o campeão mundial e atleta olímpico Jorge Zarif.
A equipe do Phoenix é uma das favoritas ao título da SIVI Daycoval na classe ORC. Na quarta-feira (24), o barco venceu as duas regatas do dia e começou a subir na tabela de classificação da categoria, considerada a Fórmula 1 da vela oceânica.
A liderança é do +Bravíssimo, mas a entrada de vento forte nas próximas três regatas deve mudar a ponta de mãos. Ao lado do Phoenix, entre os candidatos, está o atual bicampeão Crioula.
”Quando o vento foi fraco, nós ficamos em penúltimo, e na hora que fomos o Fita-Azul, ficamos em nono. Então, pelo menos, o vento um pouco mais forte indica que teremos um pouco mais de constância.”
”Se o vento varia muito, vira uma loteria, e aí você vai para um lado, o vento vai para o outro, e por aí vai”, explicou Mario Dottori, que comandou o time no vice-campeonato de 2023.
A SIVI Daycoval conta com as classes ORC, BRA-RGS, Clássicos, RGS Cruiser e C-30. Mais de 100 barcos estão inscritos no maior evento da modalidade oceânica na América Latina.