A polícia ambiental realizou a soltura de arraias, tartarugas e peixes que estavam em redes de pescas apreendidas nas proximidades da praia do Camaroeiro, em Caraguatatuba, no Litoral Norte Paulista. Algumas das arraias liberadas constam na lista de espécies ameaçadas de extinção.
O flagrante ocorreu na quarta-feira, dia 3, durante uma fiscalização realizada por uma equipe da 5ª Companhia de Polícia Militar Ambiental Marítima do 3º BPAmb. Nas proximidades das praias do Camaroeiro e Prainha, na região central do município de Caraguatatuba, os policiais apreenderam quase 800 metros de redes de pesca.
Os policiais localizaram ao todo sete redes de emalhe de superfície (boiada), variando entre 40 e 200 metros cada, totalizando 790 metros de petrechos irregulares, conforme a legislação pesqueira vigente.
No ato da fiscalização, não havia nenhum pescador nas proximidades dos petrechos, tão pouco as devidas plaquetas de identificação, caracterizando infração administrativa de exercício ilegal da pesca utilizando petrecho não permitido, bem como Crime Ambiental sem autoria.
Durante a recolha das redes, foram soltos diversos peixes e espécies de arraias capturadas, entre elas, uma raia-ticonha, bem como um exemplar de raia-borboleta, (Gymnura altavela), ameaçada de extinção e caracterizada como criticamente em perigo na lista oficial do Ministério do Meio Ambiente.
Em outra rede, além dos peixes, foi salvo um exemplar de raia-chita, (Aetobatus Narinari.) conhecida também como raia-pintada, espécie peçonhenta. O aparecimento desta espécie é comum no litoral paulista, mas a recomendação é que a população mantenha distância do animal. Ela possui de 1 a 5 ferrões na base da cauda sendo capaz de inocular uma forte substância tóxica.
Durante a retirada das sete redes, ainda foi recolhida com vida uma tartaruga-verde, que foi devolvida ao mar sem ferimentos. A espécie é a única tartaruga marinha que foi excluída da lista de animais ameaçados de extinção, em 2022, graças a ações como a que ocorreu em Caraguatatuba, que colaboram para a perpetuação da fauna ictiológica, sobretudo as ameaçadas.
Segundo a polícia ambiental, todas as redes foram recolhidas para posterior destinação a instituições cadastradas para a devida reciclagem, materializando assim o compromisso da Polícia Ambiental do Estado de São Paulo com a sustentabilidade e preservação do meio ambiente.