Estado investiga cinco mortes suspeitas por dengue no Litoral Norte, três delas em Caraguatatuba

Das cinco mortes suspeitas por dengue em investigação pelo Estado, três delas ocorreram em Caraguatatuba, uma em São Sebastião e outra, em Ilhabela. Por enquanto, região registra apenas uma morte por dengue, ocorrida e Ubatuba

 

 

A Secretaria Estadual de Saúde investiga cinco mortes suspeitas por dengue no Litoral Norte Paulista. Três das mortes suspeitas que estão sendo investigadas ocorreram em Caraguatatuba; uma ocorreu em São Sebastião; e, a outra, em Ilhabela. Oficialmente, a região registra uma morte por dengue, ocorrida em Ubatuba, tendo como vítima um homem de 58 anos, que morava no bairro do Itaguá.  

 

As confirmações ou não de que os óbitos ocorreram por dengue estão sendo apuradas pelo Instituto Adolfo Lutz e pela investigação clínica e epidemiológica de cada um dos pacientes. Normalmente, a confirmação demora cerca de um mês. Em Ubatuba, a vítima de dengue morreu em fevereiro, mas a confirmação só ocorreu no dia 15 de março.  

 

De acordo com dados do Estado, a região tem 5.715 casos confirmados de dengue: sendo 1.871, em Ubatuba;  1.814 , em Caraguatatuba ; 1.242 em São Sebastião; e, 788 em Ilhabela. Ainda, segundo Estado, existem 7.604 casos “prováveis” de dengue na região e 1.889 casos em investigação.  Oficialmente existe apenas uma morte por dengue, em Ubatuba e cinco mortes suspeitas em investigação. Do total de casos de dengue, cinco deles com sinal de alarme e dois graves. 

 

Mortes suspeitas

 

Não há informações sobre as mortes suspeitas por dengue ocorridas em São Sebastião e Ilhabela. Em Caraguatatuba, onde ocorreram três mortes suspeitas em março,  a prefeitura divulgou os casos. O primeiro caso trata-se de uma idosa, de 76 anos, moradora do Massaguaçu e que veio a óbito em 28 de março. O segundo caso é de um homem, de 51 anos, morador do Jardim Jaqueira e que veio a óbito em 29 de março. Já o terceiro caso se refere a uma idosa, de 85 anos, moradora do Indaiá. Em todos os casos os pacientes possuíam algum tipo de comorbidade grave.

 

A Prefeitura de Caraguatatuba reforça que o município encontra-se em epidemia e que os cuidados precisam ser intensificados, principalmente na eliminação de possíveis criadouros. Caraguatatuba registra atualmente 1.882 casos positivos da doença e os casos tem aumentado mês a mês. Em janeiro foram 101 casos confirmados, enquanto em fevereiro 319 e em março 1.460. Até hoje (2/4) foram mais dois casos positivos para a doença.

 

Segundo dados do Estado, existem ainda 1.969 casos supostamente “prováveis” de dengue na cidade e outros 155 ainda em investigação. A prefeitura informa que o município tem focado ainda ações nos bairros onde há maior concentração de ADL (Análise de Densidade Larvária) como Travessão, Perequê-Mirim, Indaiá e Massaguaçu.

 

O aumento dos casos de dengue tem provocado, inclusive, a sobrecarga de atendimento nas três Unidades de Pronto Atendimento (Centro, Sul e Norte). Somente ontem, as UPAs realizaram juntas 1.808 atendimentos. Além da sobrecarga nas UPAs, o reflexo tem sido sentido também nas unidades de retaguarda: Casa de Saúde Stella Maris e Hospital Regional. Os hospitais estão com lotação máxima nas Enfermarias e UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo).

 

Vistoria e multas

 

A Prefeitura de Caraguatatuba já realizou mais de 13 mil vistorias em imóveis de Norte a Sul do município. Foram 6.967 inspeções realizadas pelos Agentes Comunitários de Saúde e outras 6.488 vistorias pelos Agentes de Zoonoses.

 

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) atua na fiscalização de residências e comércios que descumprem as estratégias para conter a proliferação do mosquito. De janeiro a março, 359 denúncias foram realizadas, resultando em 26 autos de infração, seis multas, seis advertências e 37 orientações técnicas.

 

O total de multas aplicadas geraram o valor de R$ 13,8 mil, que é quando o proprietário é autuado. Primeiramente, o proprietário do imóvel é notificado, caso não faça a regularização em 10 dias, pode ser multado entre 50 a 1000 VRM. Cada VRM equivale a R$ 4,60.

 

As vistorias contam com reforço do uso de drones para fiscalização de imóveis fechados, pautadas na Lei Federal nº 13.301, de 27 de junho de 2016, que garante o uso do equipamento em situação de iminente perigo à saúde pública pela presença do mosquito transmissor do vírus da dengue, do vírus chikungunya e do vírus da zika.

 

A lei ainda garante que nos imóveis que o proprietário apresentar recusa da vistoria do agente de zoonoses, está autorizada a presença da Polícia Militar ou da Guarda Civil Municipal para auxiliar na fiscalização do imóvel.

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