Liderança guarani que luta pela demarcação das terras indígenas é homenageada pela Câmara de Ubatuba

A líder indígena Querexu Oliveira, da aldeia guarani da Boa Vista,  no Prumirim, em Ubatuba, recebeu congratulações da Câmara Municipal de Ubatuba por sua atuação na defesa dos interesses indígenas, entre  eles, a demarcação das terras e  o combate as invasões nas áreas guaranis.

A indígena Querexu Oliveira, 37 anos, mãe de quatro filhos, é coordenadora regional da Comissão Guarani Yvirupá Sul e Sudeste para demarcação de terras contra invasões, sendo uma liderança respeitada na aldeia guarani Mbya da Boa Vista, no Prumirim.

Líder indigna Querexu Oliveira foi homenageada pelo presidente da Câmara, Eugênio Zwibelberg (União Brasil)

Ela é também conselheira municipal dos povos indígenas e comunidades tradicionais de Ubatuba. Integra o Fórum das Comunidades Tradicionais -CPP-elaborando e aplicando projetos no território indígena. Atua também no turismo de base comunitária na aldeia Boa Vista, fazendo agendamento de visitas e coordenando monitores. Além disso tudo, é também eximia praticante do surfe.

 

Aldeia

Ubatuba possui três aldeias: a Renascer, localizada no Pico do Corcovado; a Boa Vista, localizada perto da Cachoeira do Prumirim; e a aldeia Rio Bonito, em Itamambuca. A aldeia Boa Vista existe desde 1960 e possui cera de 900 hectares de área.  

 

O acesso à Aldeia Boa Vista “Tekoa Jaexe Porã” é feito pela Rodovia Rio-Santos (BR-101), na altura do Km 29,5, sentido Ubatuba-Paraty, cerca de 500 metros antes da Cachoeira do Prumirim.  A entrada para a aldeia está localizada a 1,5 Km da rodovia, e o caminho é feito por estrada íngreme de terra até a sede da Aldeia, onde funciona o Posto de saúde local. 

 

A aldeia ocupa área de Mata Atlântica, o que é fundamental para os Guaranis. “Tekoa” traduz (o lugar do modo de ser guarani), e na visão deles, um bom território deve estar próximo da floresta. A Aldeia Boa Vista é habitada pelo povo indígena Guarani Mbya. Conta com uma área de 920,66 hectares, aproximadamente 40 famílias e 200 índios, sendo a língua oficial da tribo o Guarani.

 

O artesanato é confeccionado há séculos pelo povo Guarani, atividade que envolve homens, mulheres, jovens e idosos, que são responsáveis pela confecção de uma variedade de peças artesanais: Objetos que tradicionalmente eram usados no dia-a-dia e nos rituais desse povo, atualmente são comercializados sendo uma das principais atividades geradora de renda da comunidade.

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