A cidade de Ubatuba já registra 936 casos de dengue e tem outros 1.311 casos em investigação, ou seja, aguardando o resultado dos exames. O número de casos confirmados da doença cresceu 25% em uma semana.
A Vigilância Epidemiológica de Ubatuba divulgou a atualização de casos da doença nesta segunda-feira(4). No boletim emitido nesta segunda-feira, 4, são 936 casos confirmados da doença e um total de 1311 casos ainda em investigação.
A prefeitura investiga a suposta morte por dengue, Covid ou Febre Amarela de um morador do Perequê-Açu, que teria retornado do Amazonas, com alguma dessas doenças e veio a falecer na Santa Casa. O resultado dos exames ainda não foram divulgados.
O bairro Estufa 2 é o com o maior número de casos confirmados de dengue: 196. Em seguida, vem os bairros Centro, com 146 casos; Perequê-Açú, com 77; Ipiranguinha, com 64; e, o Rio Escuro, com 55 casos. A prefeitura também investiga três supostos casos de Chikungunya, ocorridos nos bairros do Horto, Itaguá e Perequê-Açú.
Números
Os números acompanham a situação em todo o estado. De acordo com o Painel de Monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde, até a manhã desta segunda-feira, 4, são 138.259 casos confirmados e 79.000 em investigação em todo o estado de São Paulo. 31 pessoas já morreram por dengue no Estado de São Paulo.
Segundo o médico e virologista Maurício Lacerda Nogueira, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), existe a possibilidade de que 2024 se torne o ano com o maior número de casos suspeitos, e provavelmente confirmados, da história do Brasil.
A expectativa é que haja um aumento significativo até abril. Nos últimos 20 anos, o pico de casos foi registrado entre o final de março e meados de maio. “Com a chegada do inverno e temperaturas mais amenas, a tendência é uma diminuição nos casos da doença. Porém, em 2023, tivemos uma continuidade de registros, pois tivemos um inverno quente e chuvoso e existe a possibilidade que esse quadro se repita”, alertou o diretor da Vigilância em Saúde, Neilton Nogueira.
Por isso, a Secretaria de Saúde reforça que continua realizando ações constantes, como mutirões semanais, mas que a principal estratégia é a colaboração de todos na eliminação de criadouros. “O combate à dengue requer esforços coordenados de toda a comunidade. As autoridades de saúde desempenham um papel fundamental, mas a colaboração ativa da população é essencial para prevenir a propagação da doença”, frisou o coordenador de Endemias, Jorge Dantas.