Representantes da fundação e uma equipe do Instituto-E já estiveram na cidade e se reuniram com a diretoria da secretaria Municipal de Pesca para iniciar conversações sobre o projeto.
A Fundação norte-americana AltaSea atua diretamente com projetos voltados para Economia Azul. Segundo a fundação, a biofábrica de corais é uma atividade que fomenta o turismo sustentável e, sobretudo, gera renda para pescadores e barqueiros locais.
Segundo a prefeitura de Paraty, o projeto será totalmente custeado pela fundação norte-americana sem ônus para o município. No primeiro contato foi apresentado o projeto para o município e no próximo encontro haverá uma visita técnica na baía de Paraty para conhecer os locais onde se pretende implantá-lo.
No primeiro contato foi apresentado o projeto para o município e no próximo encontro haverá uma visita técnica na baía de Paraty para conhecer os locais onde a biofábrica de corais será implantada.
Segundo a prefeitura, na região costeira de Paraty, os corais estão diminuindo, apesar de serem verdadeiras joias da biodiversidade. A atuação do projeto no município, segundo a prefeitura, deverá beneficiará o turismo, a pesca e a preservação dos corais.
Estiveram presentes à reunião que discutiu a biofábrica de corais, o secretário Municipal de Pesca, Saulo Vidal; o diretor do Departamento de Pesca, Junior Alvarenga; a co-fundadora e conselheira do Instituto-E, Nina Braga; a diretora executiva do Instituto–E, Mariana Bazzoni; o diretor de Projetos da AltaSea Rio, José Miguel Carneiro Pacheco; e, o diretor do projeto biofábrica de corais, Rudan Fernandes Randão.
A Biofábrica de Corais é o resultado dos estudos do pesquisador Rudã Fernandes, que esteve presente na reunião em Paraty, que começou a se dedicar ao projeto em 2017, durante seu doutorado. Em 2021, a iniciativa ganhou impulso e se transformou em uma startup incubada no Polo Tecnológico e Criativo da Universidade, na área de Biotecnologia.
Uma biofábrica foi implantada em Porto de Galinhas, no Recife, por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPR). O projeto permite que os turistas se tornem pesquisadores por um dia. Eles recebem uma aula teórica sobre segurança, fazem o traslado de barco, realizam mergulhos e acompanham o trabalho dos pesquisadores em diversas etapas. Ao final, cada turista tem a oportunidade de plantar um novo coral. Até agora, mais de 6 mil fragmentos já foram plantados.
Este modelo de turismo, chamado regenerativo, questiona o papel das excursões tradicionais e se volta para a proteção do ambiente e inclusão das comunidades originais. A Biofábrica tem parceria com hotéis, empresas de turismo e pescadores, entre outros públicos e organizações. A intenção é criar um ecossistema onde todos ganham com a conservação e ela se integra à perspectiva econômica de todos.
Em 2023, a iniciativa venceu o Prêmio Nacional de Turismo, promovido pelo Ministério do Turismo brasileiro, na área de ‘Turismo sustentável e ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas’. Para Fernandes, a seleção é um indicativo do tipo de debate que se espera no futuro, como a questão de regeneração, das mudanças climáticas e da atenção a grupos minoritários. Fonte: Revista Amazônia.