Ubatuba já registra 284 casos de dengue; uma média de 10 casos por dia em janeiro

Segundo a prefeitura, 376 exames ainda aguardam resultado do laboratório; Estufa II lidera o número de casos na cidade com 78 notificações positivas da doença. 

O ano começou com um alerta da Secretaria Municipal de Saúde para o aumento de casos de dengue em Ubatuba, no litoral norte paulista. A prefeitura viabiliza ações para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor também da Chikungunya, Zika e febre amarela.

Dados do Boletim Informativo Arboviroses 2024, da Vigilância Epidemiológica de Ubatuba, divulgado nesta segunda-feira, 29, mostram que a cidade já registrou 284 casos de dengue e 376 exames ainda aguardam resultado do laboratório.

O número demonstra a preocupação da Secretaria de Saúde, uma vez que em todo o mês de janeiro de 2023, o município registrou apenas 5 casos de dengue.

Este ano, entre os bairros que concentram a maioria dos casos da doença estão o Estufa II (78 casos), região central (34), Perequê-açu e Rio Escuro (18) e Sesmaria e Ipiranguinha (17).

Ação de combate ao mosquito

Para conter o avanço da doença, a Prefeitura de Ubatuba tem feito mutirões em diferentes bairros e serviços de nebulização, que consiste na aplicação de inseticida para matar os mosquitos adultos possivelmente infectados com o vírus da dengue.

“Também temos realizado vistoria de casas, comércios e construções, colocamos faixas pela cidade, distribuímos panfletos e fizemos ainda orientações a moradores e turistas para eliminar os criadouros do Aedes aegypti, não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas ou outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito”, destacou Jorge Dantas, coordenador do setor de Endemias da cidade.

As ações de combate ao mosquito são realizadas durante todo o ano, mas no período de intenso calor e constantes chuvas, os cuidados são intensificados porque a fêmea do mosquito procura locais quentes e úmidos para a eclosão dos ovos.

Como se prevenir

Além dos cuidados básicos, como evitar água parada e manter a limpeza frequente dos imóveis e caixas d’água, a Secretaria de Saúde ressalta que é essencial o uso de repelentes para evitar a picada do mosquito e, principalmente, pela pessoa já infectada ou com suspeita da doença, pois assim é possível evitar que outros mosquitos ao picarem o indivíduo sejam contaminados e transmitam a mais pessoas, criando uma epidemia.

Entre as medidas importantes também estão optar por roupas que minimizem a exposição da pele e podem evitar a picada do mosquito e também a realização do exame de sorologia que comprova ou descarta as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica (Viep), enfermeira Alyne Ambrogi, explica que o exame é importante tanto para o tratamento correto do paciente quanto para o mapeamento da doença no município.

“Precisamos que todas as pessoas com suspeitas de doenças arboviroses procurem por uma Unidade Básica de Saúde e realizem os exames, de acordo com as solicitações dos profissionais da UBS. Esses resultados ajudam o setor de Endemias a identificar possíveis focos do mosquito e preparar trabalhos preventivos nas localidades, inclusive com serviços de nebulização nas casas e vias de onde temos casos confirmados”, enfatizou a enfermeira.

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