Maior medalhista olímpico, Robert Scheidt e seu filho Erick, representam Ilhabela, no campeonato brasileiro de Snipe no RJ

 

Catorze velejadores de Ilhabela, entre eles, Erick Scheidt, de 13 anos, filho de Robert Scheidt, maior medalhista olímpico de Vela do Brasil, participam do Campeonato Brasileiro de Vela da Classe Snipe 2024, no Rio de Janeiro.

Erick, que morava na Itália, se mudou para Ilhabela há dois meses e defende o nome da Ilha na competição que é classificatória para o Mundial, que será realizado em novembro deste ano na Argentina. Ele disputa a competição ao lado do pai, Robert.

Erick Scheidt, 13 anos, disputa campeonato brasileiro ao lado do pai, Robert, defendendo Ilhabela

Sete duplas de Ilhabela participam da competição, que teve início no último sábado (20) no Iate Clube do Rio de Janeiro, na Urca, aos pés do Pão de Açúcar e que deve terminar neste sábado, dia 27. Os 15 primeiros serão classificados para  mundial na Argentina.

Participam por Ilhabela, as duplas Mathias de Souza (16 anos) e Antônio Alves (17) e Sophia dos Santos (15) e João Vitor Souza (17) – alunos da Escola Municipal de Vela Lars Grael e ainda os velejadores Vicente Monteiro e Bruno Felix; Ronion Silva e Otávio Cardoso (Peixinho); Juninho de Jesus e Anderson Brandão (Binho); Beto de Jesus e Gustavo Santos; e Robert e Erick Scheidt.

Capital da Vela

O prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci, destaca que essa é uma ótima oportunidade para os atletas mirins (alunos da escola) participarem de eventos desta grandiosidade, ganharem experiência e terem um maior contato com ícones do esporte como o próprio Robert, além de circularem entre os velejadores mais experientes, absorvendo todo conhecimento.

A Prefeitura de Ilhabela, conhecida mundialmente como Capital Nacional da Vela, é a única com uma escola de vela pública no Brasil. Segundo o secretário de Esportes, Felipe Nascimento, a prefeitura oferece vários mecanismos de auxílio aos atletas municipais, com destaque para o programa bolsa atleta, projeto de ajuda de custo para os atletas. “Os recursos são destinados para inscrições, transporte terrestre e aéreo e hospedagem, a fim de subsidiar os custos das competições”, explicou.

“Os comandantes agradecem ao apoio que a Secretaria de Esporte, o Departamento Náutico e, em especial, o prefeito Toninho Colucci pelo carinho que têm dado à vela da cidade. Sem isso, não seria possível a nossa participação”, disse Beto de Jesus, conhecido como Beto de Mazinho – velejador com diversas conquistas ao longo de sua carreira, que está acompanhando os atletas no Campeonato.

Regatas

As regatas começariam no dia 23, terça-feira, porém, devido às condições climáticas e por medida de segurança, foram canceladas e transferidas para quinta-feira, dia 25. Serão nove regatas no total, com início sempre às 13h.

Devido ao mau tempo, a organização do campeonato conseguiu concluir apenas uma das quatro regatas programadas. Para ontem, quinta (25) estavam previstas três provas. Na primeira, a equipe de Ilhabela obteve os seguintes resultados: Ronion 4º , Robert 5º, Juninho 11º, Vicente 14º, Beto 16º, Sophia 38º e João Vitor 54º. Faltam oito provas até o final do campeonato que acaba neste sábado, dia 27.

Disputam o campeonato, que já tem 103 anos de história, 238 velejadores de nove estados do Brasil (São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Espírito Santo, Pernambuco, João Pessoa e Sergipe), além de atletas de Portugal (dois barcos), Estados Unidos (um barco) e Argentina (dois barcos), totalizando 119 barcos.

Snipe

O Snipe é um barco de 15 pés feito para dois velejadores, projetado por William Crosby em 1931, que possui duas velas: a principal, regulada pelo timoneiro e a buja, regulada pelo proeiro.

Essa classe é considerada uma das mais técnicas da vela, por priorizar o conhecimento técnico e não apenas o lado físico, permitindo que velejadores das mais diferentes faixas etárias compitam igualmente. Não faz parte do quadro Olímpico, mas participa dos Jogos Pan-Americanos.

No Brasil, a classe começou a ser praticada no Clube dos Caiçaras, no Rio de Janeiro, sendo, atualmente, uma classe de referência no país, conquistando diversos títulos, como: campeão nove vezes no Mundial Júnior, campeão 11 vezes no Mundial Master e campeão duas vezes no Mundial Feminino.

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