A praia Martim de Sá, a mas famosas e frequentada de Caraguatatuba, no litoral norte paulista, foi palco de arrastão, roubos e brigas no último domingo, dia 17.
A praia Martim de Sá está localizada a 2,5 km do centro da cidade e possui uma das melhores estruturas da região tanto à beira-mar quanto em seu entorno. É a praia mais procurada por turistas e veranistas ao longo de todo o ano.
O movimento em sua orla é constante, dia e noite, durante a temporada de verão. O calçadão e a faixa de praia são totalmente iluminadas, mas isso não tem impedido os arrastões, roubos e assaltos.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o roubo em um quiosque em plena luz do dia e uma briga generalizada na avenida Doutor Aldino Schiavi, que corta toda a sua orla.
Não existem muitas informações sobre o arrastão ocorrido na orla, mas comenta-se que um grupo de jovens teria roubado celulares e apetrechos dos banhistas.
Vídeo mostra roubo ao banhista:
Um dos roubos foi capturado pelas câmeras de um quiosque, cujas imagens podem ser vistas acima. Um banhista acompanhado dos filhos, aguardava sua vez de tomar uma ducha quando dois jovens se aproximam e levam dele a corrente que estava em seu pescoço.
Assustado, o banhista não reagiu. Os dois jovens seguiram andando pela praia como se nada tivesse ocorrido. O roubo ou furto, não se sabe se os jovens estavam armados ou não, ocorreu no início da tarde quando a praia estava movimentada.
Segundo informações obtidas com os funcionários do quiosque onde ocorreu o roubo, os jovens teriam feito outras vítimas na Martim de Sá.
Na madrugada de sábado para domingo, sete jovens promoveram um arrastão na orla da Martim de Sá, roubando relógios, joias e celulares dos turistas que estavam caminhando pelo calçadão da avenida Aldino Schiavi.
Um segundo vídeo postado nas redes sociais(veja imagens abaixo) mostra uma briga generalizada entre jovens em plena orla da praia mais famosa de Caraguatatuba.
Solicitamos informações da Prefeitura Municipal de Caraguatatuba se haverá aumento de segurança na praia Martim de Sá durante a temporada de verão. A prefeitura informou que, sobre o ocorrido, a Polícia Militar foi acionada e mais informações podem ser obtidas junto ao Comando da PM. Sobre as ações que a Prefeitura tem feito em relação à segurança para a temporada de verão, a assessoria informa a chegada à cidade de 293 policiais militares que vão reforçar a segurança no município até o final da temporada de verão. A prefeitura irá gastar R$ 1,2 milhão para alojar e alimentar os policiais.
Homicídio
No dia 17 de julho do ano passado. Um banhista, de 20 anos, foi executado quando se encontrava na areia da praia Martim de Sá, a mais frequentada de Caraguatatuba. O crime ocorreu na tarde de um domingo, dia 17 de julho e causou enorme pânico entre banhistas e grande correria no calçadão e na orla da praia. Na foto acima, banhista debruçado, após ser baleado na areia da praia.
Segundo informações, o crime ocorreu por volta das 17h30, quando um homem usando um capacete de motociclista se aproximou do banhista na areia da praia e efetuou vários disparos. O homem que atirou, fugiu em seguida. O jovem foi atingido por três disparos, na cabeça, ombro e costas. Ele recebeu o atendimento do Samu, mas acabou morrendo ainda na areia da praia. Acredita-se que o crime estivesse relacionado a uma briga entre gangues rivais da cidade.
Estatísticas
Um relatório divulgado recentemente pelo Instituto Sou da Paz apontou que Caraguatatuba é a segunda cidade do estado de São Paulo com o maior Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV). A cidade que ocupa a primeira posição no ranking é Peruíbe, no litoral sul, com índice de 19,02.
Segundo o balanço, entre as cidades da região, com maior exposição aos crimes violentos está Caraguatatuba, que aparece na segunda colocação do ranking estadual, com um índice de 18,01. Em 2021, Caraguatatuba ocupava a quarta posição no ranking.
A elaboração do IECV é feita a partir de dados oficiais de segurança pública do estado, levando em consideração três dimensões de crimes com violência cometidos em cidades com ao menos 50 mil habitantes, sendo eles: o ‘IECV Vida’, que considera as mortes violentas (homicídios dolosos e latrocínios); o ‘IECV Dignidade Sexual’, que considera os crimes de estupro; e o ‘IECV Patrimônio’, que considera crimes de roubo, roubos de veículos e roubos de carga.