Estado recomenda suspensão da venda de moluscos em Caraguatatuba após constatar presença de microalgas em praias da cidade

Um laudo da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento constatou a presença de microalgas marinhas da espécie Pseudo-nitzschia spp em Caraguatatuba, no litoral norte paulista. O laudo foi emitido após coleta de material e o exame laboratorial. 

A coleta do material foi realizada no dia 5 de dezembro e o resultado saiu nesta semana com aumento da contagem na amostra da água do mar. A floração da alga libera toxinas capazes de contaminar os moluscos que são organismos filtradores, incorporadas na carne de alguns animais comestíveis como, por exemplo, os mexilhões, ostras e vieiras.

O resultado da análise para saber se os moluscos foram contaminados ainda não foi enviado pela Secretaria Estadual, mas o município está em alerta como precaução, já que o consumo do alimento contaminado pode causar sintomas gastrointestinais, como vômito, diarreia, dor abdominal, tremor, dor de cabeça, podendo chegar a problemas neurológicos.

Diante disso, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca e da Vigilância Sanitária orientaram maricultores e comerciantes da cidade a suspenderem provisoriamente a venda e consumo dos moluscos até que a nova avaliação seja feita.

A Secretaria Estadual prevê nova análise na próxima semana para verificar se não há mais registro de presença da microalga marinha.

A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde destaca que até o momento não houve notificação desses sintomas nas unidades de saúde, mas já emitiu alerta às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) para que fiquem atentas aos pacientes que apresentarem os sintomas citados e investiguem se houve consumo recente de moluscos.

A cidade de Caraguatatuba possui uma das maiores fazendas de criação de mexilhões que fica na praia da Cocanha, região norte do município. A Fazenda Marinha da Coconhaé considerada a maior de todo o Estado de
São Paulo e possui uma área de 36.000² e separados em dois parques, sua produção pode chegar a 160 toneladas/ano, se não houver nenhuma interferência climática ou humana. Várias famílias de pescadores vivem da atividade.

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