Secretaria da Saúde alerta: semelhanças entre sintomas pode dificultar diagnóstico de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

As chamadas arboviroses causam reações parecidas, como febre e dores no corpo, e precisamde acompanhamento médico

 

Durante a Semana Estadual de Mobilização Social contra o Aedes aegypti, a Secretaria de Estado da Saúde busca conscientizar a população sobre as doenças transmitidas pelo mosquito. Apesar da dengue, chikungunya e Zika Vírus compartilharem sintomas semelhantes, é fundamental destacar que cada uma possui sinais específicos que, observados, facilitam o diagnóstico clínico. O tratamento adequado, prescrito e supervisionado por um profissional de saúde, é fundamental para a recuperação do paciente.

“Nos primeiros quatro dias de infecção os sintomas são muito inespecíficos; não é possível diferenciar! Só que a chikungunya dá uma dor intensa nas articulações, com possibilidade de edemas, enquanto a dengue causa uma dor mais generalizada, com incômodos inclusive atrás dos olhos, por exemplo. Já o Zika Vírus costuma causar mais manchas avermelhadas pelo corpo, junto com coceira. Na grande maioria dos casos, a febre está presente independente de qual for o vírus. No caso do Zika, a alteração de temperatura costuma ser mais branda”, explica a assessora em saúde pública do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) Nathalia Cristina Soares Franceschi.

O período de incubação das arboviroses varia entre três e cinco dias, em média. A identificação precisa da doença em cada caso requer um exame de anticorpos, possível apenas após o sexto dia do início dos primeiros sintomas. Um exame de sangue realizado entre o primeiro e o quinto dia dos sintomas também pode identificar o vírus presente no organismo do paciente.

“É importante que qualquer pessoa que manifeste sintomas como febre, dores no corpo ou manchas avermelhadas após uma picada de mosquito busque assistência médica imediatamente, para prevenir possíveis complicações. A dengue, em situações mais graves, pode levar a hemorragias. É crucial estar atento aos sinais de alerta”, afirma Nathalia Cristina Soares Franceschi.

Caso haja suspeita de uma arbovirose, mesmo que a pessoa não apresente mais sintomas e esteja recuperada, é importante retornar ao atendimento médico após seis dias do início do primeiro sintoma para realizar o exame.

Prevenção contra as arboviroses 

A SES realiza permanentemente ações de apoio aos municípios, que são responsáveis pelo trabalho de campo para a prevenção às doenças causadas pelo mosquito. O diagnóstico e o tratamento para as doenças são oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Litoral Norte

 

Em Caraguatatuba, para intensificar as ações de controle da dengue, as equipes de combate às endemias do Centro de Controle de Zoonoses realizam capacitações aos agentes comunitários de saúde, para reforçar a atenção neste problema. De janeiro até agosto, foram registrados 507 casos positivos de dengue em todo o município.

 Coordenador da equipe de controle da dengue fala aos agentes comunitários de saúde dentro de sala (Foto: Divulgação/PMC)

O coordenador das equipes de controle da dengue, Ricardo Fernandes, explica que estão reunindo os agentes comunitários de saúde (ACS) para alertar sobre os valores do último índice de Avaliação de Densidade Larvária (ADL) e para que intensifiquem as ações de dengue durante as vistorias de rotinas nas residências.  “O objetivo é que reforcem aos munícipes as informações sobre a importância da limpeza e eliminação de criadouros”, destacou.

A preocupação é devido ao aumento de casos e do resultado ADL realizada pelos agentes do controle de dengue durante o mês de outubro. O índice obtido foi de 6,4%, considerado a média para o município, colocando a cidade em situação de risco. A atenção vai para região centro-sul que registrou taxa de 9,1%, que compreende os bairros Caputera ao Jardim Aruan.

Ubatuba registrou 635 casos de dengue nos primeiros dez meses deste ano segundo informa a prefeitura da cidade através do Boletim de Arboviroses divulgado em 3o de outubro. Em dez meses foram 3.248 notificações de dengue, 13 de chikungunya, cinco de Zika e cinco de Febre Amarela.

Em São Sebastião, o Índice de Infestação Predial (IIP) no mês de outubro foi de 2.9%, mantendo o município em estado de alerta para a dengue. Nos bairros da costa sul, entre eles, Boiçucanga, Cambury e Baleia, na Costa Sul, apresentaram índice de infestação de 4.71%, indicando grande risco para a dengue. Este ano, São Sebastião já registrou 788 casos positivos de dengue.

Em Ilhabela, a Prefeitura tem feito campanhas envolvendo toda a sociedade no combate a dengue. A iniciativa tem como objetivo combater criadouros do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão dessas doenças. No ano de 2023, Ilhabela registrou 246 casos confirmados de dengue e a cidade se prepara para o próximo período sazonal da doença implementando diversas ações de combate ao vetor.

 

 

 

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