São Sebastião com 788 casos de dengue intensifica ações de combate aos criadouros do Aedes aegypti

Boiçucanga, Cambury e Baleia, na Costa Sul, apresentaram índice de infestação de 4.71%, indicando grande risco para a dengue.

 

O Índice de Infestação Predial (IIP) de São Sebastião no mês de outubro foi de 2.9%, mantendo o município em estado de alerta para a dengue. Nas outras três edições da avaliação realizadas neste ano, os índices apresentados foram de 1.1% em julho, 3.8% em abril e 3.3% em janeiro.

O IIP foi apontado pela Avaliação de Densidade Larvária (ADL), procedimento que avalia a infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, no município. Neste mesmo período do ano passado, o índice registrado por São Sebastião foi de 1.4%.

As informações são da Prefeitura de São Sebastião, por meio do Combate a Endemias, vinculado ao Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde (SESAU).

O biólogo da Vigilância em Saúde, Edwil Bernardi Piva, diz que o aumento no Índice de Infestação Predial ocorreu devido a uma maior incidência de chuvas e calor durante o inverno e início da primavera, períodos em que geralmente o clima é predominantemente frio e seco.

Ele explica que o município é dividido em cinco regiões e todas apresentaram índice maior que 2.0%, o que indica que o município está em estado de alerta. Porém, a região 4, que engloba Boiçucanga, Cambury e Baleia, na Costa Sul, apresentou IIP de 4.71%, indicando grande risco para a dengue.

“As equipes estão trabalhando constantemente nos locais onde foram encontradas mais larvas e também no bloqueio da transmissão da doença”, conta o biólogo.

Os principais criadouros encontrados com água e larvas foram utensílios ou recipientes esquecidos pelos moradores, como baldes, regadores, frascos plásticos, pratos e vasos de plantas, pneus, peças de sucata, barcos, lonas e ralos externos.

O vice-prefeito e secretário de Saúde, Reinaldo Moreira, pede à população que mantenha as medidas de combate à dengue, a fim de eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti.

“Em breve entraremos no verão, quando o número de casos aumenta exponencialmente, por isso, precisamos reforçar os cuidados com os nossos quintais e sempre guardar ou eliminar objetos que possam acumular água, principalmente após as chuvas”, alerta o secretário.

A aferição do I.I.P. foi feita pelos agentes de Combate a Endemias, que vistoriam 2.306 imóveis em todo o município durante o mês de julho. Como resultado, foram encontrados 68 imóveis com larvas de Aedes aegypti e 39 imóveis com larvas de Aedes albopictus.

Este ano, São Sebastião já registrou 788 casos positivos de dengue. Em 2022, foram confirmados 1.096 casos da doença.

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