Dengue: Avaliação de densidade larvária fica em 3,3% e deixa Ubatuba em estado de alerta

Amostras foram coletadas em 1.262 imóveis do município; Ubatuba registrou 635 casos de dengue nos primeiros dez meses deste ano

 

O setor de Controle de Endemias da Secretaria de Saúde de Ubatuba finalizou uma nova Avaliação de Densidade Larvária (ADL) do município, que apontou taxa de 3,3% de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela. O trabalho de coleta de amostras aconteceu durante todo o mês de outubro e abrangeu 1.262 imóveis em diferentes bairros da cidade.

Os dados apresentados deixam o município em estado de alerta. Para entender melhor, o Ministério da Saúde possui três classificações: até 1,0% o resultado é satisfatório; de 1,1% a 3,9% é estado de alerta; e acima de 4,0% é considerado alto risco para epidemia de doenças arboviroses.

Ao longo de 2023, o município registrou ADL de 1,3 em julho; índice de 2,7 no mês de abril; e avaliação de 2,0 em janeiro. O objetivo da Avaliação de Densidade Larvária é identificar áreas com maior incidência de larvas do mosquito e atuar na prevenção de novos casos de arboviroses.

Casos

Ubatuba registrou 635 casos de dengue nos primeiros dez meses deste ano segundo informa a prefeitura da cidade através do Boletim de Arboviroses divulgado em 3o de outubro. Em dez meses foram 3.248 notificações de dengue, 13 de chikungunya, cinco de Zika e cinco de Febre Amarela.

Com relação a dengue, o maior número de notificações ocorreu em abril deste ano com 602 casos suspeitos. Em outubro, foram 221 notificações. Os bairros que lideram os números de casos são: Estufa 2, com 110 casos positivos; Centro, com 86 casos; e, Ipiranguinha, com 54 casos. Um caso de dengue foi confirmado na aldeia guarani da Boa Vista.

Com relação a Chikungunya, dos 13 casos notificados, apenas dois deram positivos e ocorreram nos bairros do Rio Escuro e Perequê-Açú. As cinco notificações de Zika ocorreram nos bairros da Marafunda, Perequê-Açú e Itaguá, mas nenhum deles foi confirmado oficialmente.

A cidade também teve cinco notificações de suspeita de Febre Amarela nos primeiros dez meses do ano, nos bairros Rio Escuro, Marafunda, Mato Dentro, Perequê-Mirim e Itaguá.  Nenhum deles foi confirmado oficialmente.

Também fazem parte das medidas preventivas contra o mosquito Aedes aegypti os mutirões realizados constantemente na cidade, os serviços de nebulização em áreas de registros positivos de dengue, Zika, Chikungunya ou febre amarela, as orientações sobre eliminação de criadouros do mosquito, mantendo a limpeza frequente dos imóveis e caixas d’água, não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas ou outros recipientes que possam acumular água, entre outras ações como propagandas em rádios, distribuição de panfletos explicativos e colocação de faixas pela cidade.

 

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