Estado realiza pesquisa no Litoral Norte para mapear pontos turísticos com acessibilidade

Familiares de portadores de necessidades especiais cobram acessibilidade nas praias paulistas; confira vídeo sobre o drama vivido por um cadeirante e sua família em uma praia de Caraguatatuba 

Estabelecimentos de Ubatuba podem participar de uma pesquisa sobre acessibilidade, realizada pela Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, em parceria com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, APRECESP e ABNT.

O mapeamento de estabelecimentos e pontos turísticos que possuem acessibilidade visa identificar quais são os atrativos preparados para receber pessoas com deficiência, de modo a construir de forma colaborativa o primeiro guia temático de turismo acessível do Estado de São Paulo.  Para preencher o formulário, basta acessar: https://forms.gle/n89AXD5tDCTHjG7P9.

A iniciativa faz parte de uma ação desenvolvida pela Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, em parceria com a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que já desenvolveu e lançou a “Cartilha Turismo Sem Barreiras”, que orienta políticos e organizações para garantir que o prazer de viajar esteja ao alcance de todos sem distinções.

 Segundo a Setur SP,  a cartilha é uma forma de sensibilizar gestores e o trade turístico sobre a importância de promover ações de acessibilidade para incluir os mais de 18 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência. A cartilha pode ser acessada em: https://www.turismo.sp.gov.br/guia-turismo-sem-barreiras.

Famílias cobram acessibilidade nas praias paulistas

O número de “turistas cadeirantes” cresce a cada ano nas praias do litoral norte paulista, mas apesar de oferecerem áreas de estacionamento na orla e até banheiros adaptados nos quiosques a beira mar, inexistem rampas para que o cadeirante possa se locomover sozinho entre o calçadão e o mar.

Recentemente, o Notícias das Praias  acompanhou o drama da família do cadeirante Gustavo Souza, de 28 anos, morador da capital paulista, na praia da Cocanha, região norte de Caraguatatuba.   Assista ao vídeo:

 

 

Gustavo é paraplégico há nove anos. Quando tinha 19 anos foi vítima de uma bala perdia que atingiu a sua coluna desde então depende de sua cadeira de rodas para se locomover. Ele adora uma praia, mas encontra muitas dificuldades de acessibilidade.

“Em todas as praias que frequentamos no litoral sul ou norte é sempre assim, temos que carregá-lo no colo e outra pessoa, levar a cadeira de rodas. Temos também que ficar em praias onde os quiosques ou restaurantes possuem banheiros adaptados para que ele em caso de necessidade possa utilizar. Inexistem rampas ou passarelas para que ele, o Gustavo, possa se locomover sozinho”, lamenta, o amigo Gustavo dos Santos, de 25 anos, que carrega o xará no colo na areia fofa da praia, debaixo do sol forte.

Dona Solange Souza, mãe de Gustavo, confirma que inexistem estruturas como passarelas inclusivas para cadeirantes se locomoverem sozinhos na areia das praias paulistas. “O fato de ter que carrega-los no colo, constrange todos eles. Os prefeitos deveriam se sensibilizar e implantar as passarelas para que eles possam se locomoverem sozinhos pela areia das praias”, cobra dona Solange.

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