A incrível história do robalo capturado na Praia Grande(SP) com lacre de plástico envolto ao corpo

O lixo, principalmente, plástico, lançado indevidamente ao mar, continua causando ferimentos e mortes de animais marinhos. O Notícias das Praias já publicou inúmeras reportagens a respeito, inclusive, envolvendo tartarugas, golfinhos e até aves marinhas.

 

Nesta edição, publicamos mais um caso absurdo, registrado pelo Instituto Biopesca, uma organização sem fins lucrativos, que atua na preservação ambiental, que na última segunda-feira, dia 9, constatou mais um caso de um animal marinho, no caso, um peixe, afetado por lixo plástico lançado indevidamente ao mar.

 

O caso ocorreu na Praia Grande, cidade do litoral paulista. Um pescador lançou uma rede ao mar e nela veio preso um robalo, de aproximadamente 30 centímetros. O peixe estava vivo e foi retirado da rede, mas um detalhe chamou a atenção do pescador.

 

O robalo estava com um lacre redondo de plástico, possivelmente, oriundo de alguma embalagem lançada indevidamente ao mar por algum banhista ou embarcação, preso na cabeça. O robalo, já sem vida, foi entregue pelo pescador para o Instituto Biopesca.

 

O Biopesca pretende utilizar o caso para incentivar ainda mais a campanha pela limpeza dos oceanos. ” Tivemos mais um registro do impacto dos plásticos no ambiente marinho: um lacre redondo estava preso na cabeça de um robalo. Um robalo (Centropomus parallelus) foi encontrado com um lacre redondo de plástico preso na cabeça em Praia Grande, no litoral de São Paulo”, postou o instituto nas redes sociais.

 

Segundo o instituto, a maior tristeza é que ele foi encontrado ainda vivo na rede do pescador que o entregou para a nossa equipe. Esse caso é mais um dos que comprova a enorme quantidade de plástico presente nos mares e oceanos e reforça a previsão de que haverá mais desse material do que peixes nos oceanos em 2050, ou seja, daqui a 27 anos. Pouquíssimo tempo. “Precisamos repensar o uso de embalagens e outros itens, em particular daqueles que usamos poucas vezes, como sacolas, copos e garrafas”, alertou o instituto.

 

Ainda segundo o Biopesca, a produção desse material é bem superior à capacidade de reciclá-lo e, por essa razão, temos que substituí-lo. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente da ONU (Pnuma), mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano no mundo. Metade é projetada para ser usada apenas uma vez e, desse total, menos de 10% é reciclado. Aqui no Brasil, os índices de reciclagem não passam de 2%.

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