Dos dez vereadores, três foram afastados e estão sendo investigados por suposta rachadinha; Câmara informa que os vereadores afastados não terão seus cargos ocupados pelos suplentes
A Câmara Municipal de Ubatuba após a Operação Corvêia realizada na quinta-feira, dia 31, que resultou no afastamento de três vereadores, por suposta prática de rachadinha informou ontem, sexta-feira, dia 1º, que por enquanto os vereadores afastados não terão seus cargos ocupados por suplentes.
A Câmara informou apenas que a presidência será ocupada pelo vereador Edelson Fernandes( Podemos). A Câmara manterá suas sessões com apenas sete dos dez vereadores. Extraoficialmente, a Câmara informou que os suplentes serão convocados apenas em caso de afastamento em definitivo dos vereadores afastados.
Segundo a Câmara, os três vereadores afastados Eugênio Zwibelberg(União Brasil), presidente da Câmara, Junior Jr(Podemos) e Josué D’Menor(Avante) estão suspensos temporariamente enquanto durarem as investigações. O afastamento em definitivo se dará caso as denuncias sejam provadas.
A Câmara informou que em decorrência ao cumprimento das determinações judiciais, e em atenção a legislação municipal e regimento interno da Casa de Leis, o vereador Edelson Fernandes Gerônimo, 2º vice-presidente eleito da Mesa Diretora para o biênio 2023-2024, assume a presidência da Casa de Leis interinamente.
Ainda segundo a Câmara, a Mesa Diretora Interina será composta da seguinte forma enquanto durar a suspensão judicial: – Edelson Fernandes Gerônimo – Presidente Interino; Vantuil dos Santos Mascarenhas (Ita) – 1º Vice-Presidente Interino
– Jorge Ribeiro da Silva Filho (Jorginho) – 1º Secretário; e, Osmar Dias de Souza – 2º Secretário Interino.
Caso sejam afastados em definitivo após a conclusão das investigações os três vereadores serão substituídos pelos suplentes pastor Sérgio, do Cidadania, que obteve 293 votos nas eleições de 2020; Birico, do Podemos, que obteve 686 votos; e, Durval Neto, do PSL, que obteve 524 votos em 2020.
Entenda
A Polícia Civil, por meio do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) deflagraram na manhã de quinta-feira (31) a Operação Corvêia, visando ao cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão no município de Ubatuba.
As investigações apuram a prática de crimes de associação criminosa, peculato (na modalidade conhecida como “rachadinha”), coação no curso do processo e cárcere privado, entre outros, que contariam com o envolvimento de pelo menos três vereadores de Ubatuba.
A Justiça de Ubatuba também determinou medidas cautelares contra os investigados, como a suspensão da função pública e a consequente proibição de frequentar a Câmara Municipal, além do impedimento ao contato com qualquer pessoa que tenha relação direta ou indireta com as investigações.
Participam da operação delegados de polícia, promotores de Justiça, policiais civis e servidores do MPSP. Os policiais estiveram na Câmara Municipal e na residência de três vereadores. Segundo informações, ainda extraoficiais, três vereadores teriam sido afastados de suas funções pela justiça de Ubatuba durante o período de investigações: Eugênio Zwibelberg(União Brasil), presidente da Câmara, Junior Jr(Podemos) e Josué D’Menor(Avante). Eles estão proibidos de frequentarem a sede do legislativo.
Os três devem ser substituídos pelos suplentes durante e a até o término das investigações. Os três vereadores convocados para assumirem os cargos dos afastados: pastor Sérgio, Birico e Durval Neto.
Procuramos a assessoria de Imprensa da Câmara Municipal para cobrar informações e uma nota oficial sobre as ações da polícia civil e do Gaeco na sede do legislativo e nas casas de vereadores. A Assessoria do legislativo não se manifestou. Alegou que os vereadores afastados deveriam ser procurados para informarem o que estaria ocorrendo.
Não conseguimos contato como os vereadores afastados. Em suas redes sociais, o vereador afastados Eugênio Zwibelberg(União Brasil), se manifestou na sexta-feira(1º). Confira: