Parasurfista Marçal Costa, de Caraguatatuba, integra equipe brasileira no mundial na Califórnia

 

A Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) definiu a equipe brasileira de parasurf que disputará o mundial da categoria em Hungtinton Beach, de 5 a 11 de novembro, na Califórnia(EUA). Entre os 13 convocados está o parasurfista Marçal Costa, de 46 anos de Caraguatatuba, litoral norte paulista. Foto: Marçal Costa, Califórnia, 2022, Jersson Barboza.

A equipe brasileira está composta por 13 atletas: nove homens e quatro são mulheres. Faltando apenas uma etapa para a conclusão do Circuito Mundial Profissional, a atual líder Malu Mendes (PS-S2) pode chegar na Califórnia com o favoritismo de uma campeã do circuito. Vice-campeã mundial (PS-S1), a paraibana Tiana Dantas vai a Huntington Beach tentar subir ao topo do pódio. Duas farão suas estreias em mundiais: a atual campeã catarinense, Vera Quaresma (PS-Joelho) e Monique Oliveira (PS Prone 2), do Rio de Janeiro, que fez a melhor nota em uma onda – Best Wave – do CBSurf Cabedelo Parasurf, com 8.5 pontos.

Nove parasurfistas representarão o Brasil na categoria masculina. Dentre eles, quatro são atuais campeões mundiais: Davi “Davizinho Radical” Teixeira (PS Prone 2); Figue Diel (PS VI1), Rafael Lueders (PS-S2) e Fellipe “Kizu” Lima (PS-Sit). De Pernambuco, Roberto Pino (PS-S1), é atual vice-campeão mundial e o paulista Marçal Costa – (PS Prone 1) é terceiro lugar. Completam o time Henrique Saraiva (PS Joelho); Djackson Santos (OS-S3) e Miguel Flávio (PS VI2).

 

Superação

 

Marçal Costa, de Caraguatatuba, faz questão de contar sua história quando, há 11 anos, sofreu um acidente onde perdeu a perna e os movimentos de um braço. Depois de ficar muito mal psicologicamente, entrou para a equipe de natação de Caraguatatuba com o treinador Thiago Norberto e passou a viver mais, amar mais a vida.

“Queria me superar no esporte e fui para o surfe, treinando duro por nove anos para participar de competições de tão alto nível”.

Para ele, é muito importante treinar, ter foco, o sonho de todo atleta de alto rendimento. “Minha vida está melhor que antes do acidente. As limitações não impedem nossos sonhos”.

No mundial do ano passado, disputado em Pismo Beach, na Califórnia (EUA),  ele conquistou a medalha de bronze durante o ISA World Para Surfing Championship, o que confirmou sua posição mundial entre 18 paratletas.

Marçal disputou a categoria Men Prone 1 que teve a seguinte classificação: Medalha de Ouro – Casey Proud (HAW); Medalha de Prata- Antonion Mueller (GER); Medalha de Bronze- Marçal da Costa (BRA); e, Medalha de Cobre- Christiaan ‘Otter’ Bailey (EUA).

 

Inclusão

Equipe brasileira em Pismo Beach, na Califórnia (EUA), mundial de 2022. Foto: Jersson Barboza

 

O presidente da CBSurf, Fábio “Teco” Padaratz, agradeceu aos atletas do parasurf brasileiro. “Quem está assistindo, às vezes não tem noção do risco que eles e elas correm dentro d´água, assim como todos nós, atletas do surf, corremos risco de vida mundo afora. Essa é a característica do nosso esporte que por si só pode ser inclusivo, social e de alta performance ao mesmo tempo”, analisou Padaratz.

Teco comparou a história de cada atleta com o significado do próprio surf, que já é uma atividade de superação de limites. “Quem começa a praticar, já sabe de cara que só atravessar a arrebentação e chegar lá no fundo já é uma grande conquista para qualquer pessoa. Daí vemos essa galera fazendo isso irradiando alegria e brilho nos olhos, é simplesmente fantástico”, concluiu.

Segundo Teco, a  performance apresentada nas águas verdes da Praia de Intermares e o currículo das surfistas e dos surfistas classificados para formar a equipe brasileira, aponta que surf nacional chegará mais uma vez com muita força no mundial da California. Ao longo da história do parasurf, o Brasil já produziu campeões em todas as nove categorias disputadas no âmbito da Associação Internacional de Surf (ISA) e possui os atuais campeões mundiais em cinco delas.

Em um ato pioneiro, a CBSurf promoveu a disputa em três categorias que ainda não são oficializadas pela ISA: para pessoas surdas, para pessoas dentro do espectro do autismo e para pessoas com Síndorme de Down.

Classificados para o Mundial 2023

A equipe brasileira que vai para o mundial de Hungtinton Beach, de 5 a 11 de novembro, na Califórnia está composta por 13 atletas: quatro são mulheres.

Faltando apenas uma etapa para a conclusão do Circuito Mundial Profissional, a atual líder Malu Mendes (PS-S2) pode chegar na Califórnia com o favoritismo de uma campeã do circuito. Vice-campeã mundial (PS-S1), a paraibana Tiana Dantas vai a Huntington Beach tentar subir ao topo do pódio. Duas farão suas estreias em mundiais: a atual campeã catarinense, Vera Quaresma (PS-Joelho) e Monique Oliveira (PS Prone 2), do Rio de Janeiro, que fez a melhor nota em uma onda – Best Wave – do CBSurf Cabedelo Parasurf, com 8.5 pontos.

Nove parasurfistas representarão o Brasil na categoria masculina. Dentre eles, quatro são atuais campeões mundiais: Davi “Davizinho Radical” Teixeira (PS Prone 2); Figue Diel (PS VI1), Rafael Lueders (PS-S2) e Fellipe “Kizu” Lima (PS-Sit). De Pernambuco, Roberto Pino (PS-S1), é atual vice-campeão mundial e o paulista Marçal Costa – (PS Prone 1) é terceiro lugar. Completam o time Henrique Saraiva (PS Joelho); Djackson Santos (OS-S3) e Miguel Flávio (PS VI2).

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