Adolescente assume a autoria do disparo acidental que matou amigo de 15 anos em Caraguatatuba

Adolescente de 16 anos mudou versão sobre a morte de amigo de 15 anos ocorrida no sábado, dia 5, na região sul de Caraguatatuba ao depor nesta quinta, dia 10, no 1º DP de Caraguatatuba, acompanhado de um advogado e da mãe. Morte teria sido causada por um disparo acidental 

 

O adolescente IFS, de 16 anos, compareceu ontem, quinta-feira, dia 10, à Delegacia do 1º Distrito Policial do Porto Novo, região sul de Caraguatatuba e mudou a versão dada por ele sobre a morte de seu amigo G.H.A, de 15 anos, no último sábado, dia 5.

No dia da morte do adolescente, sábado, dia 5,  ele havia contado à polícia que o colega havia sido assassinado por engano por um disparo feito por ocupantes de um veículo que passou em frente à casa dele no bairro Jardim Tarumã.

Ontem, quinta-feira, dia 10, IFS compareceu à delegacia do 1º DP, acompanhado de um advogado e de sua mãe e teria apresentado outra versão sobre a morte do amigo adolescente GHA, de 15 anos. As informações são do repórter Welber de Carvalho, do Repórter Online Litoral.

Em depoimento ao delegado Diogo Ribeiro Daiello, na quinta-feira, 10, o adolescente teria afirmado que o disparo ocorreu quando ele e o amigo brincavam com uma arma de fogo, após ingerirem bebida alcoólica. Após o disparo, IFG teria tentado socorrer o amigo, levando-o em uma bicicleta até a UPA da região sul.

No caminho, o adolescente ferido teria desfalecido e após a constatação do óbito por um médico do Samu presente ao local, o adolescente contou que pegou a arma e jogou-a no rio Juqueriquerê.

Os investigadores do 1º DP suspeitavam desde o início da primeira versão apresentada pelo adolescente. No celular de IFG, teria sido encontrado um áudio onde ele relata a uma tia do colega morto o que teria ocorrido na madrugada do sábado, dia 5, quando o adolescente GHA morreu.

As investigações sobre a morte do adolescente GHA, de 15 anos, seria finalizado nesta sexta-feira, dia 11, com o inquérito sendo encaminhado ao judiciário que deverá decidir qual penalidade será aplicada ao adolescente.

Relembre a 1ª versão do crime

Com base nas informações do adolescente IFS, de 16 anos foi elaborado um boletim de ocorrência na madrugada do sábado, dia 5, informando que um adolescente de 15 anos, G.H.A, morador de Caraguatatuba, teria sido assassinado com um tiro na madrugada de sábado, dia 5, no bairro do Jardim Tarumã, região sul da cidade.

Segundo constava no boletim de ocorrência, o adolescente teria sido baleado por ocupantes de um veículo tipo hatch aparentado ser um Ford Ka, de cor cinza, quando estava com o amigo I.F.S., de 16 anos, em frente à casa dele, localizada na rua Dois, número 45, no Jardim Tarumã.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, G.H.A., foi atingido no tórax. O carro de onde foi feito os disparos teria se evadido. O amigo I.F.S. colocou o adolescente ferido em uma bicicleta e o conduzia até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da região sul.

Quando estavam nas proximidades da escola estadual Professor Ângelo Barros de Araújo, no bairro do Porto Novo, o adolescente ferido não resistiu e acabou falecendo.

Uma viatura da polícia militar foi acionada para atender a ocorrência por volta das 3 horas da madrugada. Uma unidade do Samu também foi acionada para atender a vítima.

No boletim de ocorrência constava que o adolescente teria sido atingido no lado esquerdo do tórax por um disparo de uma arma de fogo. O óbito de G.H.A., de 15 anos, foi constatado pelo médico Dr. João Ricardo, ainda na calçada da escola estadual do Porto Novo.

A PM e a perícia técnica da polícia civil chegaram a vasculhar o local onde o jovem foi baleado, mas nada foi localizado. Os polícias também pesquisaram a existência de câmeras de monitoramento nas proximidades de onde o crime teria ocorrido no bairro Jardim Tarumã, mas as residências se encontravam vazias.

O corpo do adolescente assassinado foi encaminhado ao IML(Instituto Médico Legal) para os exames de rotina e em seguida, seria liberado para a família.

Na delegacia de polícia, I.F.S., de 16 anos, contou que o amigo teria sido assassinado por engano. Segundo ele, o jovem era pessoa boa e não fazia mal para ninguém.

Os disparos efetuados pelos ocupantes do veículo seriam na verdade para ele, I.F.S. O adolescente I.F.S acredita que o autor do disparo seja alguém do bairro Barranco Alto, porque ele já trabalhou no passado nas “biqueiras” do Travessão e Perequê-Mirim, e que, existe um conflito entre traficantes desses bairros.

O assassinato do adolescente G.H.A., de 15 anos, foi registrado na Delegacia de Polícia de Caraguatatuba como crime de autoria desconhecida.  O caso será investigado pelo delegado Bruno de Azevedo Aragão.  A polícia iria tentar identificar o veículo usado no crime e os possíveis autores dos disparos que causaram a morte do adolescente.

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