O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal ganhou ação que impede exportação de cargas vivas, mas decisão final depende ainda de análise no TRF3
O acidente ocorrido na madrugada de sábado, dia 5, na Rio-Santos, envolvendo uma carreta que transportava 96 cabeças de bois em direção ao porto de São Sebastião, acabou provocando a morte de sete animais.
A carreta de dois compartimentos, pertencente à empresa Trans Venancio, colidiu contra o guard rail acabou tombando no km 115 da Rio-Santos, na serrinha da Enseada, na costa norte de São Sebastião. O motorista do veículo não ficou ferido.
Segundo a prefeitura de São Sebastião, que atuou no atendimento a ocorrência com o DETRAF e o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), seis animais morreram no acidente e um precisou ser sacrificados devido à gravidade dos ferimentos. Outros três animais fugiram após o tombamento da carreta.
Entidades envolvidas com a defesa da causa animal no Litoral Norte promoveram uma manifestação na manhã deste domingo, dia 6, em São Sebastião, contra o embarque de cargas vivas pelo porto local.
A manifestação “Ato contra embarques de animais vivos no porto de São Sebastião”, ocorreu na Praça da Vela, na avenida Guarda Mor Lobo Viana, no bairro do Porto Grande.
Os manifestantes protestaram contra o embarque de cargas vivas pelo porto com cartazes e palavras de ordem. OA protesto chegou até a avenida da praia na região central da cidade.
O acidente interditou a rodovia Rio Santos por algumas horas e precisou de operação Pare e Siga, para atendimento da ocorrência, remoção dos animais e retirada da carreta. Isso tudo acabou atrasando o embarque da carga viva no navio Transporter, de bandeira panamenha, que deveria seguir no domingo(6), com destino a Turquia.
Agentes da Polícia Rodoviária Estadual, do IBAMA, do DER, da Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM) e os bombeiros também atuaram na ocorrência. Os animais estavam sendo transportados para embarque num navio no porto de São Sebastião.
Na operação, que é acompanhada pelos profissionais do Ministério da Agricultura e Pecuária(Mapa), sendo embarcados animais da raça brangus, que é resultado do cruzamento entre o aberdeen angus e os zebuínos nelore, tabapuã, brahman, entre outros.
O trajeto entre as fazendas do interior do estado onde os bois cumprem quarentena e o porto de São Sebastião não deve exceder 12 horas, enquanto a viagem de navio entre São Sebastião e a Turquia pode durar de 18 a 20 dias.
No caso dos animais que estão sendo embarcados nesta semana pelo porto de São Sebastião, o destino será para “engorda” na Turquia, que posteriormente, distribuirá os animais para outros países como Egito, Iraque, Palestina, Argélia, Emirados Árabes, Jordânia, Líbano, Irã e Marrocos, entre outros.
Desde o início do ano o porto de São Sebastião já exportou mais de 70 mil animais com destino à Turquia. Apenas nesta semana, cerca de 46 mil animais foram embarcados no porto sebastianense.