Regata “Vela do Amanhã”, em Ilhabela, reuniu 160 crianças e adolescentes em 46 barcos

Uma regata com 160 crianças de 15 projetos de ensino de vela de São Paulo e Rio de Janeiro serviu de aquecimento para a abertura da 50ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela, neste sábado (22). A Vela do Amanhã deu aos velejadores mirins presentes em Ilhabela (SP) uma experiência única a bordo dos veleiros da competição, que começa oficialmente neste domingo (23).

A ação social idealizada pelo Yacht Club de Ilhabela (YCI), junto com a comissão organizadora da SIVI, contou com adesão recorde de 46 barcos, recorde histórico para o evento Vela do Amanhã.

Entre as equipes, até as tripulações argentinas levaram crianças a bordo, tornando a disputa ainda mais enriquecedora para os velejadores mirins. O ‘Fita Azul’ da regata Vela do Amanhã foi o Crioula 52, comandado pelo medalhista de bronze pan-americano Samuel Albrecht. O segundo colocado foi o Phoenix, com o Caiçara em terceiro.

”A vela brasileira deve aplaudir ao YCI e ao Mauro Dottori por essa iniciativa, que começou anos atrás na Semana de Vela. E hoje não teve moleza, com vento forte, quase 20 nós, um alto nível de regata e não teve brincadeira não”, contou Primo Aldrigue Jr, diretor do YCI e um dos organizadores da SIVI.

”O que mais vale, e pra mim não tem preço, é ver o sorriso das crianças quando vai a bordo. Tudo isso vai marcar a vida deles. Temos uma grande equipe que proporcionou isso”, disse Mauro Dottori.

A Vela do Amanhã reuniu núcleos de vela e jovens representantes de: Mairiporã (SP), Paraibuna (SP), Praia Grande (SP), São Vicente (SP), Guarujá (SP), Santos (SP), São Sebastião (SP), Caraguatatuba (SP), Ilhabela (SP), Ubatuba (SP), Paraty (RJ), Angra dos Reis (RJ )e São Paulo (SP).

“Foi muito legal. A gente aprendeu bastante sobre o barco, inclusive a tirar o balão” contou Alexia Sofia, de 11 anos, aluna de uma escola de vela de Praia Grande (SP), que velejou com a tripulação do Pangea.

“Proporcionar para as crianças uma atividade dessas é indescritível. Eles nunca vão viver algo assim em outro lugar”, destacou o professor Wladimir Vieira Gomes, professor de Alexia.

Premiação

A ação, segundo os organizadores da Semana Internacional de Vela de Ilhabela, tem como objetivo apresentar para crianças das escolas de vela municipais e estaduais os barcos de oceano. Por isso, todas as crianças ganharam medalhas de participação.

A cerimônia de premiação contou com a presença do prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci, o secretário de esportes da ilha, Bruno Prada e outras autoridades

“Na minha opinião, o maior patrimônio de Ilhabela é a Semana Internacional de Vela. É um orgulho sediar a 50ª edição de um projeto que começou com os monotipos, trouxe os barcos de oceano em 1980. Mais que uma competição, é uma grande confraternização da Vela Brasileira e Sul-Americana”, disse Bruno Prada.

O secretário de esportes de Ilhabela e medalhista olímpico, celebrou o fomento da competição à formação da Vela. “Acho que a base é a coisa mais importante do esporte. Sem a base, você não tem todo o resto. O trabalho feito pelo Yacht Club de Ilhabela, em conjunto com a prefeitura, é pensando nesse primeiro contato da molecada”.

”Crianças que velejam em barcos de Optimist e ganham uma experiência em veleiros de oceano. Quem sabe, dessas 160 crianças, vinte ou trinta acabam virando tripulantes ou timoneiros de oceano”.

Abertura oficial

A 50ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela será aberta oficialmente neste sábado (22), às 20, com cerimônia no Race Village. Na edição de 2023, 130 veleiros das classes HPE30, ORC, Clássicos, C30, BRA-RGS, Bico de Proa, Multicascos e HPE25 estarão em disputa até dia 29. As equipes representam 56 clubes e marinas de 11 regiões do Brasil e também da Argentina.

Além das competições, a Semana Internacional de Vela de Ilhabela também oferece uma série de atividades culturais e sociais dentro e fora do Yacht Club de Ilhabela, como shows, exposições e palestras.

A competição abre no domingo, 23 de julho, com a tradicional regata Alcatrazes – Barco Atrevida – por Boreste Marinha do Brasil. A travessia tem mais de 50 milhas náuticas e contorna a icônica ilha do litoral norte paulista.

A organização fará, ao longo da semana, regatas de acordo com as condições de mar e vento, podendo ser no Canal de São Sebastião ou nas raias mais ao norte e ao sul da ilha.

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