Frequentadores lamentam abandono em que se encontra a Martim de Sá, praia mais famosa de Caraguatatuba

Os frequentadores da praia Martim de Sá, entre eles, veranistas oriundos da capital e do interior do estado, turistas e moradores da cidade, estão reclamando do abandono em que se encontra a praia, considerada a mais famosa de Caraguatatuba, no litoral norte paulista.

 

Os frequentadores da Martim de Sá procuraram o Notícias das Praias para reclamarem dos vários problemas encontrados na praia mais badalada da cidade. Na manhã desta sexta-feira(21), em plena temporada de férias, quando centenas de turistas já ocupavam a praia, a reportagem constatou que as reclamações são realmente justas e cobrou explicações da prefeitura.

 

Na areia da praia, foram encontrados pedaços de árvores, blocos de pedra e até um bloco de concreto bem na beira da água, que encoberto pela maré, poderá colocar em risco a vida dos banhistas, principalmente, crianças e idosos. Também foram encontrados abandonados na areia, restos de material de construção, material de reciclagem e barracas montadas por moradores em situação de rua.

 

Apesar dos proprietários de quiosques da Praia Martim de Sá estarem executando as adequações nos seus estabelecimentos, conforme o previsto no Projeto de Intervenção Urbanística (PIU), desenvolvido em conjunto pela Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca (SMAAP), e com os quiosqueiros, o abandono da praia não se justifica, mesmo com boa parte dos quiosques não estando em funcionamento devido as obras.

 

Bloco de concreto abandonado na beira da água oferece risco aos banhistas

 

Entulho de obra abandonado na areia e não, depositado em caçambas, como exige a prefeitura

 

No calçadão, a cobertura das muretas estão quebradas. Algumas plantas foram prejudicadas pelos caminhões dos depósitos que sobrem na calçada para descarregar o material de construção dos quiosques que estão sendo reformados.

 

Produtos de reciclagem(?) abandonados junto ao calçadão

 

Blocos abandonados do sistema fluvial oferecem riscos aos banhistas

O aposentado “C”, que mora há cinco anos no bairro, disse que, a prefeitura deveria fazer uma campanha para impedir barracas na areia e proibir a grande quantidade de cachorros na praia.

 

Barracas improvisadas por moradores em situação de rua na areia da Martim de Sá

 

Outro aposentado “R”, reclama dos blocos de pedras espalhados pela areia da praia, que segundo ele, podem causar acidentes com banhistas, principalmente, crianças. Segundo ele, a prefeitura deveria intensificar a fiscalização na praia, principalmente, devido as obras de reforma dos quiosques.

 

O Notícias das Praias encaminhou pedido de informações para a prefeitura sobre as reclamações feitas pelos usuários da praia Martim de Sá. Assim que a prefeitura se manifestar, anexaremos a resposta ao texto.

 

Prainha

 

Na semana passada a Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Urbanismo, entrou com medidas para garantir a limpeza dos espaços utilizados pelos banhistas na Prainha. Os quiosqueiros foram notificados a manterem seus estabelecimentos e áreas ao redor limpos durante e após o uso da praia.

 

Segundo a prefeitura, a ação de fiscalização foi iniciada na última semana e os proprietários foram intimados a cumprir as determinações da Secretaria de Urbanismo. A principal exigência é que os espaços sejam mantidos limpos, contribuindo para a preservação e o bom estado do local.

 

De acordo com a Secretaria de Urbanismo, o não cumprimento da medida pode resultar em penalidades previstas na lei municipal 1144/80. Os quiosqueiros que não cumprirem as normas estarão sujeitos a uma multa no valor de R$ 4.296, equivalente a 972 VRMs (Valor de Referência do Município).

 

Segundo a prefeitura, a iniciativa tem como objetivo assegurar um ambiente limpo para os frequentadores da praia, além de preservar a natureza e evitar danos ao ecossistema local. A medida também busca incentivar a conscientização ambiental e a responsabilidade dos proprietários dos estabelecimentos em manterem os espaços em condições adequadas. Moradores e frequentadores da Martim de Sá, lamentam que a mesma fiscalização não ocorra na praia considerada o “cartão-postal” de Caraguatatuba.

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