Tartaruga com fratura na carapaça causada por suposto atropelamento de embarcação segue em tratamento

 

 

Resgatada por uma equipe do Instituto Gremar no Guarujá [SP] em abril deste ano, em ação pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma tartaruga marinha da espécie Chelonia mydas, conhecida popularmente como tartaruga-verde, segue em tratamento no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, no mesmo município.

 

O animal foi resgatado no dia 1º de abril e apresentava sinais de afogamento e uma fratura na carapaça, indícios de uma possível colisão com embarcação. Apesar de seus exames de sangue estarem dentro da normalidade, havia um quadro de anorexia e, desde então, a tartaruga está sendo alimentada por sonda esofágica, medicada contra dor e mantida em lâmina d’água, por apresentar dificuldades de movimentos respiratórios.

 

Em linhas gerais, seu quadro vem evoluindo positivamente, ainda que de forma lenta. É importante ressaltar, por outro lado, que este tipo de ocorrência não é algo isolado. As colisões de animais marinhos com embarcações têm aumentado anualmente. A Baixada Santista possui uma intensa atividade pesqueira e é lar do maior Porto da América Latina e, ao mesmo tempo, também é rota de imigração e alimentação para algumas espécies de tartarugas-marinhas. As rotas se cruzam e os acidentes acontecem.

 

Neste sentido, é essencial o trabalho de educação ambiental para sensibilizar tanto as tripulações de barcos e navios de grande porte como os pescadores da região a respeito de boas práticas de convivência, o que muito pode contribuir para a preservação das espécies.

 

 

O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

 

O projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. É realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Gremar monitora o Trecho 9, compreendido entre São Vicente e Bertioga. O Instituto Argonauta monitora o trecho do litoral norte paulista.

 

 

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