A Prefeitura de São Sebastião, por meio das secretarias de Saúde (SESAU) e do Meio Ambiente (SEMAM), confirmou na última quinta-feira (6), junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), a ocorrência de um caso positivo de Influenza Aviária (H5N1) em uma ave silvestre no município. A ave é um Trinta-reis-de-bando, que foi coletada em uma unidade da Petrobras próxima à Praia dos Boneteiros, na região central da cidade.
Casos de Influenza Aviária já foram constatados anteriormente em Ubatuba e Caraguatatuba. A diretora de Vigilância em Saúde de São Sebastião, Fernanda Paluri, explica que assim que o caso foi confirmado, seguindo os protocolos estabelecidos, foi feito contato imediato com o Serviço Veterinário Oficial (SVO) para comunicar o ocorrido.
Ainda conforme ela, a Defesa Agropecuária está presente no município para estabelecimento do perímetro de foco, visando o isolamento da área afetada. “A região está sendo monitorada, especialmente em locais de grande concentração da ave em questão”, conta.
“Na próxima segunda-feira (10), será iniciado o monitoramento das aves de subsistência com ações coordenadas pela CDA, em conjunto com o Centro Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura.”
No momento, o Estado de São Paulo soma sete casos positivos de gripe aviária, todos em aves silvestres, positivadas nos municípios de Ubatuba, Caraguatatuba, Guarujá, São Sebastião e Pirituba, na Grande São Paulo. No Brasil, há 61 casos da doença.
Orientações
Especialistas do Centro de Controle de Zoonoses de São Sebastião (CCZ) alertam os munícipes sobre como agir caso encontrem aves com comportamento suspeito de influenza aviária (H5N1).
As aves infectadas pelo vírus podem apresentar sintomas bastante variáveis, entre eles, sinais respiratórios como espirros, tosse, lacrimejamento, “cara e crista inchados”, corrimento nasal e dificuldade respiratória. Podem, também, diminuir a ingestão de alimentos e a produção de ovos, apresentar diarreia, sinais como incoordenação motora, torcicolo e alta mortalidade.
As espécies que inicialmente correspondem ao perfil de maior interesse epidemiológico são aves aquáticas migratórias com comportamento de formação de bandos ou colônias, com alimentação, descanso, produção de ninho ou reprodução associados a ambientes aquáticos como patos, gansos, marrecos, gaivotas, jaçanãs, maçaricos, trinta-réis, entre outros.
No entanto, uma vez que esteja disseminado o vírus, a doença pode afetar qualquer espécie de ave, causando enormes prejuízos à avicultura comercial e riscos à saúde pública.
A infecção humana ocorre principalmente por meio de contato direto com aves infectadas. Por isso, o CCZ alerta: não toque em aves suspeitas doentes ou mortas, ligue para 199 e aguarde orientação da autoridade sanitária.
Aves suspeitas devem ser manipuladas somente por profissionais capacitados e com a utilização de equipamento de proteção individual (EPI) completo. O CCZ ressalta que o consumo de carne de aves e de ovos adequadamente cozidos não transmite a doença.