Maior medalhista olímpico do Brasil, o velejador paulista, Robert Scheidt, ainda não confirmou a sua presença na edição número 50 da Semana Internacional de Vela de Ilhabela. Scheidt considera a SIVI (Semana Internacional de Vela de Ilhabela), como uma das mais importantes competições brasileiras.
A Semana Internacional de Vela de Ilhabela que chega à sua 50ª edição em 2023 é organizada pelo Yacht Club de Ilhabela – YCI, reunindo embarcações de várias modalidades da América do Sul e os principais nomes do iatismo nacional e sul-americano, divididos em vários barcos de tamanhos e classes diferentes. A SIVI50 acontecerá de 22 a 29 de julho de 2023 em Ilhabela.
Scheidt destacou a importância da SIVI (Semana Internacional de Vela de Ilhabela), evento de que ele participa desde a década de 1980, quando ainda corria na Semana de Monotipos na classe Optimist.
De lá para cá, Scheidt disputou várias vezes a SIVI no oceano e venceu duas edições: em 2011 com o HPE Atrevido e em 2022 com o Caballo Loco de Mauro Dottori, na C30.
Na edição do ano passado, Robert Scheidt participou como convidado. Ele não disputava a competição há 11 anos. Scheidt correu a classe C-30 no barco Caballo Loco. Com Scheidt no leme o Caballo Loco foi o campeão, superando por apenas um ponto o Loyalty 06, comandado por Alexandre Leal.
”É o evento mais importante de vela oceânica da América Latina, sem dúvida nenhuma. É tradicional e muito importante, pois junta toda a comunidade da vela brasileira, sul-americana e mundial”, disse Robert Scheidt.
Para Robert Scheidt, correr a Semana Internacional de Vela de Ilhabela é fundamental para a formação de velejadores no país. As regatas são disputadas com condições diversas e os percursos são montados dentro do Canal Sebastião, em alto-mar e provas de longa distância como a Regata 100 anos – Atrevida por Boreste – Marinha do Brasil, que abre o calendário da edição 2023 no dia 23 de julho.
”A Semana de Vela de Ilhabela tem grande prestígio e é muito importante para a vela brasileira, pois oferece a oportunidade dos jovens entrarem nesse mundo dos barcos grandes. A minha primeira experiência foi em 1982, no Op, onde velejei pela primeira vez no mar, no Canal de São Sebastião”, completou Robert Scheidt.
Sheidt
Robert Scheidt, de 50 anos, é o maior medalhista da história olímpica do Brasil, com cinco pódios até Tóquio 2020. Ele começou a velejar aos 9 anos de idade na represa de Guarapiranga, em São Paulo, com um barco que ganhou de presente do pai.
Sua primeira participação olímpica aconteceu em Atlanta(EUA), em 1996, quando obteve a medalha de ouro na classe Laser. Nas olímpiadas de Sidney 2000, foi medalha de prata.
Em 2004, nas olímpiadas de Atenas foi ouro na classe Star. Em 2008, em Pequim, foi prata. Em Londres, em 2012, foi bronze. No Rio de Janeiro em 2016, voltou a classe Laser e obteve a quarta colocação. Em 2020, em Tóquio, foi o 8º colocado na classe Laser.
Robert Scheidt acumula mais de 180 títulos nacionais e internacionais e conquistou medalhas em 17 disputa de mundiais.