Turismo de natureza cresce 30% ao ano e eleva a procura por destinos de lazer em SP

No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta segunda-feira, 5 de junho, a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP) comemora a expansão do segmento que projetou São Paulo como principal destino de lazer do país: o ecoturismo. Para além dos negócios que consolidaram o estado como um destino de eventos corporativos, São Paulo tem quase um terço de sua área total coberta por uma Mata Atlântica exuberante, com uma das maiores biodiversidades do país, 630 Km de costa marítima, turismo rural pujante e uma infraestrutura cada vez mais preparada para receber o visitante.

De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), o segmento natureza cresce 30% ao ano e promove um modelo sustentável de viagens. “Em São Paulo, podemos dizer que o ecoturismo é o grande responsável pelo crescimento do turismo de lazer no estado”, afirma o secretário Roberto de Lucena. O turismo de lazer é, hoje, responsável por quase metade (49%) das viagens realizadas por turistas que visitam SP, segundo o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), em parceria com a ABAV-SP/Aviesp. São Paulo também ocupa a inédita terceira posição no Brasil entre os destinos de lazer mais procurados, de acordo com a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa). No ano passado, o estado ocupava a quarta posição.

“O meio ambiente tem se tornado ano a ano mais relevante para o turismo, uma vez que movimenta a economia, gera empregos e leva desenvolvimento sustentável para municípios de todo o estado”, afirma Lucena. O estado tem 1.200 propriedades rurais acessíveis ao público, o que inclui fazendas históricas e atrações certificadas de aventura em meio à natureza; mais de uma centena de atividades gratuitas em parques naturais, como trilhas e observação da vida silvestre e 120 municípios turísticos de reconhecido potencial náutico, com represas, lagos e rios navegáveis. Saiba mais sobre as ações da Setur-SP relacionadas ao ecoturismo:

TURIMO DE OBSERVAÇÃO DA VIDA SILVESTRE – São mais de 800 espécies  de aves para observar no Estado de SP, sendo que mais da metade pode ser vista  nos pontos verdes da cidade ou até em meio aos prédios e casas. O turismo de observação de aves, como ficou conhecido no Brasil – consiste em observar e registrar espécies diferentes de aves. Esse número expressivo supera a quantidade de aves de muitos países, a exemplo de Itália e Holanda, onde essa atividade contemplativa está mais consolidada. Segundo dados da Avistar Brasil – que promove o Encontro Brasileiro de Observação de Aves – essa prática vem crescendo no Brasil a uma taxa de 12% ao ano e já alcançou mais de 100 mil adeptos. O país é o segundo maior em número de espécies diferentes, com 18% da diversidade mundial de pássaros, ficando atrás apenas da Colômbia, de acordo com dados da Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil). Com ampla variedade de espécies, o Estado de São Paulo é um verdadeiro polo para a prática de passarinhar, e as cidades do interior vêm se preparando cada vez mais para receber turistas adeptos desse hobby, que consiste em fotografar ou simplesmente observar os pássaros em seu habitat natural.

 

FOMENTO AO TURISMO NOS 52 PARQUES NATURAIS DO ESTADO – A Setur-SP  promove os 52 parques estaduais abertos à visitação com o objetivo de fomentar o ecoturismo e a sustentabilidade, além de projetar o estado  como destino de lazer ligado à natureza e dar visibilidade ao patrimônio ambiental. Os “Parques de São Paulo”, como são chamados, tem mais de cem atrações disponíveis, como ciclotrilhas e trekkings, locais de contemplação, hospedarias, praias, cavernas e cachoeiras, viabilizados pela Fundação Florestal. Destaque para a ciclotrilha Estrada Rio Pardo Limeira, que compreende o Parque Estadual Serra do Mar, nos núcleos Padre Dória, São Sebastião e Caraguatatuba, parte de um projeto que contempla 1.500 km de rotas internas, externas e internúcleos às Unidades de Conservação. Para quem gosta de montanhismo, o Pico dos Marins, localizado no Monumento Natural Estadual Mantiqueira Paulista, é o programa certo. Trata-se do 26° pico mais alto do país (2.420,7 metros acima do nível do mar), que leva em torno de seis horas para ser escalado.

POLÍTICA ESTADUAL E FOMENTO AO TURISMO RURAL – Há pouco mais de uma década, São Paulo se consolidou como o maior destino de turismo rural no Brasil, com crescimento de quase 30% ao ano, segundo o Sebrae, em parceria com a PRB Consultores Associados e Instituto de Desenvolvimento do Turismo Rural. Em São Paulo, são mais de 1.200 propriedades cadastradas com atendimento ao visitante. O segmento tem o potencial de se transformar em um dos mais expressivos eixos de desenvolvimento do turismo no estado.  Os destinos de Turismo Rural estão entre os segmentos mais procurados pelo viajante desde o início da pandemia por promover atividades ao ar livre e sem aglomeração. Ainda nos primeiros cem dias de gestão foi criado um Fórum do Turismo Rural,  grupo de trabalho que desenvolverá o Plano Estadual de Turismo Rural e assinados três protocolos de intenções com o objetivo de avançar a legislação trabalhista e fiscal do meio rural, capacitar a mão-de-obra do segmento e fomentar as boas práticas do setor com a criação de um selo de qualidade.

INVESTIMENTOS EM 13 DESTINOS DE TURISMO NÁUTICO – O Turismo de SP implantou estruturas náuticas em 13 municípios paulistas:  Avaré, Fartura, Pederneiras, Piraju, Sales, Timburi, Araçatuba, Mira Estrela, Pereira Barreto, Presidente Epitácio, Rosana, Rubineia e Três Fronteiras  com investimentos de R$ 18 milhões em píers, decks e rampas de apoio. O objetivo é fomentar o turismo náutico à beira de rios e represas e aproveitar o potencial de mais de 120 municípios com vocação para o setor para atrair mais visitantes. O número de turistas/excursionistas deve passar de 1,7 milhão por ano nestas cidades para quase seis milhões em dez anos. Da mesma forma, a movimentação financeira direta e indireta deve passar de 2,5 bilhões para 8 bilhões por ano. O estado de São Paulo tem 630 Km de costa marítima, cerca de 4.200 Km de rios navegáveis e mais de 50 reservatórios (lagos e represas) e poucos atrativos turísticos para atender a esta vocação. O turismo náutico cresceu no Brasil e no mundo nos últimos anos, especialmente durante a pandemia. A procura por ambientes abertos e pelo contato com a natureza levaram os turistas a fazerem a locação de barcos, lanchas e motos aquáticas. Da mesma forma, aumentou a prática de esportes aquáticos como wakeboard. A Setur-SP lançou recentemente uma cartilha virtual de boas práticas que orienta os municípios de potencial náutico a se prepararem para adaptar estruturas náuticas à beira de seus rios, represas e lagos: Conheça a cartilha.

200 CIDADES PAULISTAS MOBILIZADAS PARA A CERTIFICAÇÃO EM ECOTURISMO – A Setur-SP desenvolveu o programa SP Ecoaventura em parceria com o Sebrae com o objetivo de garantir a segurança e fomentar o desenvolvimento sustentável em destinos de ecoturismo e turismo de aventura no estado  a partir de treinamentos e certificação de atividades como rafting, rapel e arvorismo, de acordo com normas internacionais de segurança. Foram investidos cerca de R$ 8 milhões na qualificação, certificação e promoção de empreendimentos de turismo de aventura. Já foram contempladas mais de 200 cidades e atendidos mais de 100 empreendimentos por intermédio de capacitações e consultorias em Sistema de Gestão da Segurança em cinquenta municípios.

CRIAÇÃO DE DISTRITOS TURÍSTICOS ECOLÓGICOS – São Paulo conta com quatro distritos turísticos consolidados, um deles de natureza (Iguape) – e está prestes a inaugurar o quinto: um distrito de grande apelo ecológico, o distrito turístico Portal da Mata Atlântica, no Vale do Ribeira, que inclui o maior corredor ecológico de Mata Atlântica preservada do mundo e uma reserva privada: Legado das Águas. O distrito turístico é um modelo de organização territorial que incentiva o desenvolvimento da atividade econômica a partir do turismo. A organização em distritos turísticos gera impactos significativos na visitação e pode movimentar cerca de R$ 10,3 bilhões no estado até 2030. Recentemente, a Setur-SP  lançou um manual de boas práticas para distritos turísticos e criou um fórum permanente para reunir e divulgar soluções para desafios de infraestrutura, incentivos econômicos e aprofundamento de políticas públicas. São Paulo conta também com os distritos de Olímpia, Serra Azul e Andradina. O plano é ter dez distritos até o fim da gestão, em 2026.

ESTÍMULO À RETOMADA DO TURISMO NO LITORAL NORTE PAULISTA E BAIXADA – As chuvas que causaram estragos e prejudicaram a cadeia do turismo no litoral norte mobilizaram uma campanha de promoção pela retomada do setor na baixa temporada especialmente em Caraguatatuba, Ilhabela, Ubatuba, Bertioga, Guarujá e São Sebastião. Também foram assinados 10 protocolos de intenção pela recuperação da economia no litoral paulista. A CVC, por exemplo, vai estimular a venda de destinos por meio de suas 1.100 lojas franqueadas e 8 mil agências de viagens, além de parceiros como Embratur, as entidades Abav Nacional, Abav-SP, ABIH-SP, Braztoa, FOHB, Resorts Brasil e as operadoras Befly e Orinter Tour & Travel.

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