A temporada de baleias e golfinhos em Ilhabela começa oficialmente neste sábado (3) a partir das 16h na Vila. “Importante ressaltar a importância das boas práticas na observação de cetáceos, garantindo que os profissionais possuam a ética necessária e conhecimentos específicos para o exercício de atividades contemplativas e responsáveis”, salienta Harry Finger, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo.
De acordo com o Projeto de Avistamento de Baleias (Probav), foram registrados 163 avistamentos entre junho e agosto do ano passado, período de pico de baleias jubarte que passam por Ilhabela. Além das baleias jubarte, outras três espécies de baleias e oito espécies de golfinhos foram registradas no arquipélago.
Confira a programação:
Sábado, 3 de junho, às 16h
Local: Vila – Área em frente ao píer
16h às 18h: Atividades educativas do Viva para crianças
18h às 18h40: Conversa com a Dra. Mia Moretti, do Instituto Viva – Ilhabela Mar de Baleias, Golfinhos e Cia
18h45 às 19h15: Entrega de certificados do curso de capacitação promovido pelo Instituto Baleia Jubarte; apresentação dos resultados do Turismo de Observação de Cetáceos, além de dicas e regras de observação
19h15 às 19h30: Apresentação do Documentário do Instituto Baleia Jubarte
19h30 às 20h30: Show com o Projeto Brazuca
Cursos e oficinas
A Prefeitura de Ilhabela promoveu um treinamento para os profissionais responsáveis pelo turismo de observação de baleias na última terça-feira (30). A palestra, ministrada pelos biólogos Rafaela Souza e Sergio Cipolotti, com o apoio do Projeto Baleia Jubarte, teve como objetivo promover o turismo e o respeito ao habitat natural desses cetáceos.
A organização sem fins lucrativos Instituto Baleia Jubarte, dedicada à conservação dos cetáceos no Brasil, tem como foco promover a harmonia entre as atividades humanas e a preservação do patrimônio natural, com ênfase na proteção e pesquisa.
Começou mais uma temporada de observação de baleias e golfinhos no litoral norte paulista. Em 2023, acredita-se que haverá um aumento no número de registro de animais e de turistas que devem frequentar Ilhabela e São Sebastião para avistagem desses animais.
A expectativa das operadoras de passeios, hoteleiros e ambientalistas é das melhores. No ano passado, 2022, a quantidade de registros foi maior que a dos anos anteriores. O número de baleias que cruzam o litoral norte paulista em direção até Abrolhos, no sul da Bahia, tem crescido a cada ano.
Segundo informações do Projeto Baleia à Vista (Probav), apenas em Ilhabela, no ano passado, foram feitos 81 registros de 163 baleias-jubarte. Em 2021,: foram 130 registros no ano, mais do que o dobro de 2020, segundo o Probav.
O pesquisador Júlio Cardoso, do Probav, explica que nos últimos anos as primeiras jubartes cruzaram a região em meados de maio. “A temporada em geral começa em junho e o pico é em Julho. Em agosto diminui bem e as últimas baleias cruzam a região em meados de setembro”, conta Cardoso.
No ano passado, as baleia começaram a serem vistas na região em abril, mas o ponto alto da passagem delas por Ilhabela e São Sebastião se dá entre os meses de junho e agosto. Na semana passada, baleias foram vistas cruzando o litoral do Uruguai em direção ao sul do Brasil. A previsão é de que dentro de dez dias elas começam a aparecer no litoral paulista.
Com relação as expectativas sobre a passagem de baleias e golfinhos na região em 2023, Cardoso disse que “é difícil fazer previsões, as últimas três temporadas foram muito boas com centenas de baleias jubarte, vamos torcer para que isso se repita em 2023”.
Algumas empresas de turismo já estão abrindo inscrições para os passeios de avistagem. É o caso da Capitão Ximango, uma das pioneiras neste tipo de turismo na região. O passeio de cerca de oito horas de duração, incluindo café da manhã, almoço e café da tarde custa R$ 350,00 por pessoa.
O barco com capacidade para até 25 pessoas parte da praia de São Francisco, em São Sebastião e navega até o extremo sul de Ilhabela. “Tudo indica que a temporada de avistagem de baleias deste ano será das melhores”, afirma Gustavo Luiz, gerente da Capitão Ximango.