Veleiro construído há 100 anos será homenageado na Semana Internacional de Vela de Ilhabela

A SIVI50- Semana Internacional de Vela de Ilhabela irá homenagear o veleiro Atrevida que comemora este ano 100 anos. A embarcação será uma das atrações da competição, que acontecerá de 23 a 30 de julho, devido a sua história, charme e beleza.

 

Construído em 1923 no Estaleiro Herreshoff, em Bristol, nos Estados Unidos, o veleiro de 95 pés, o Atrevida foi adquirido por brasileiros em 1946. Alguns anos mais tarde, após quase naufragar, acabou abandonado e vendido como sucata. Foi relançado em 2005 e, três anos mais tarde, retomou sua tradição nas regatas. De lá para cá, foram mais de 30 competições, nacionais e internacionais, com o bicampeonato na Refeno, em 2019 e 2021, e participações marcantes na Semana Internacional de Vela de Ilhabela.

 

O veleiro Atrevida estreou na Semana de Vela de Ilhabela em 2014. Sua única vitória foi em 2021 na Alcatrazes por Boreste. Em homenagem aos 100 anos do Atrevida, o veleiro terá seu nome na tradicional Regata Alcatrazes por Boreste, na SIVI, que também comemora uma data histórica: 50 edições.

 

História

 

A embarcação foi desenvolvida pelo arquiteto Nataniel Herreshoff em 1923 e construído no Estaleiro Herreshoff, em Bristol, nos Estados Unidos. O veleiro de 95 pés foi batizado inicialmente de Wildfire e fez muito sucesso nas regatas da Nova Inglaterra na década de 1920.

 

Em 1946, o empresário brasileiro Jorge Bhering de Mattos comprou o veleiro e o trouxe para o Iate Clube do Rio de Janeiro, rebatizado com o nome de “Atrevida”.

 

Ainda no Rio de Janeiro, o veleiro pertenceu as famílias Fontoura e Moura Andrade, antes de ser vendido para um grupo empresarial estrangeiro.

 

Após quase afundar na Baia da Guanabara, o veleiro ficou durante anos abandonado em um estaleiro de Niterói, até ser vendido como sucata.

 

 

Em 2004, Auro Moura Andrade e Manoel Chaves, do estaleiro MCP Yachts  mostraram o veleiro para o ex-senador Gilberto Miranda. A embarcação foi levada para Santos onde ficou no estaleiro MCP Yachts.

 

Uma equipe de profissionais conseguiu as plantas iniciais do veleiro como Museu Herreshoff e o MIT(Instituto de Tecnologia de Massachusetts e durante um ano trabalhou na recuperação da embarcação.

 

Em 2005, totalmente recuperado, o veleiro retornou ao mar, navegando pela águas do Caribe e América do Sul, participando de regatas e eventos náuticos.

 

Atualmente, a embarcação pertence ao casal Alexandre e Daniele Ferrari e é comandado por Átila Bohm. O Atrevida está inscrito na 50º Semana Internacional de Vela de Ilhabela, que acontece de 23 a 30 de julho. A embarcação vai competir na classe Clássico.

 

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