Uma equipe da Defesa Civil de São Sebastião esteve, recentemente, na Aldeia Guarani Rio Silveira, em Boraceia, na Costa Sul, para avaliar uma área onde houve escorregamento de terra na tragédia do dia 19 de fevereiro, que resultou na morte de 64 pessoas em São Sebastião.
Segundo a defesa civil de São Sebastião, o talude por trás da Casa de Reza apresenta risco de novos escorregamentos e, por isso, a comunidade foi orientada a evitar o espaço em dias chuvosos até que o relatório seja concluído e as contenções necessárias sejam feitas.
A Casa de Reza (Opy) é importante para os Guarani Mbya. É na Casa de Reza que os Guarani Mbya vivem seu modo de ser, local onde a comunidade aprende os saberes e os valores, imergindo na espiritualidade.
De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, Wagner Barroso, o documento será encaminhado aos órgãos responsáveis pela aldeia para informar sobre as condições da área e para que seja realizada a recuperação do local.
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajra, e a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, visitaram a aldeia Rio Silveira no dia 24 de fevereiro.
Foi a primeira visita de Sonia Guajajara, como ministra às aldeias do litoral norte paulista. Na ocasião, a ministra visitou ainda a aldeia Renascer, em Ubatuba, também, afetada pelas fortes chuvas na ocasião. As duas aldeia sofreram alagamentos e muitos guaranis perderam utensílios domésticos, roupas e alimentação.
Aldeia
A Aldeia Guarani Rio Silveira está situada no quilômetro 183 da rodovia Manoel Hipolyto Rego, na divisa entre Bertioga e São Sebastião, em Boraceia, bairro da região sul de Bertioga.
A comunidade que vive na aldeia pertence a etnia Guarani Mbya. Cerca de 120 famílias vivem na aldeia que tem como cacique Adolfo Wera Mirim.