A Gerência Regional do Sudeste (GR-4) do ICMBio e o Centro de Apoio a Sistemas Operativos (CASOP) da Marinha do Brasil assinaram no último dia 24 um acordo de cooperação técnica para atuação conjunta na ilha de Alcatrazes.
O acordo prevê o uso das estruturas da Marinha do Brasil na ilha para Monitoramento da pesca ilegal, substituição da matriz energética por energia limpa, instalação de Internet via satélite para melhorar a comunicação com o continente e gestão responsável de resíduos na ilha.
A instalação de energia e Internet além de garantir a segurança das equipes em campo vai possibilitar a instalação de câmeras para Monitoramento 24 horas de atividades ilegais no arquipélago, garantindo uma maior proteção dos seus ambientes.
O Núcleo de Gestão Integrada do Arquipélago de Alcatrazes (ICMBio Alcatrazes), responsável pela gestão das unidades de conservação Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes e Estação Ecológica (Esec) Tupinambás, é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Alcatrazes
Alcatrazes é um arquipélago brasileiro, localizado aproximadamente 35 km ao sul de São Sebastião, no litoral norte paulista, que durante muitos anos foi usado para exercícios de tiros da Marinha do Brasil. Graças a atuação dos ambientalistas, o arquipélago foi transformado em 2016, no Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, que é atualmente a segunda maior unidade de conservação integral da Marinha do Brasil depois do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos.
O arquipélago é formado por cinco ilhas maiores, sendo a principal denominada Ilha de Alcatrazes (2,5km de extensão e 170 hectares de área) e as demais conhecidas como da Sapata, do Paredão, do Porto (ou do Farol) e do Sul. Há também quatro ilhas menores (ilhotas não nominadas); cinco lajes (Dupla, Singela, do Paredão, do Farol e Negra); e dois parcéis (Nordeste e Sudeste).
Alcatrazes é o maior sítio reprodutivo de aves marinhas da costa brasileira, com uma população que gira em torno de 10 mil aves. Além disso, por conta de sua diversidade de flora e fauna, com mais de 20 espécies endêmicas, o arquipélago é conhecido como “Galápagos do Brasil”.
O conjunto é protegido, desde 1967, pela Estação Ecológica Tupinambás, uma Unidade de Conservação Federal de Proteção Integral.