Túnel mais longo do Brasil, na Tamoios, recebe o nome do engenheiro Antônio de Queiroz Galvão

Engenheiro, Antônio de Queiroz Galvão, falecido em 2020, aos 96 anos, foi fundador de uma das maiores construtoras do país, a Queiroz Galvão, responsável pela construção do túnel e que tem participação na Concessionária que administra a rodovia.  

 

O túnel mais longo do Brasil, de 5,5 quilômetros de extensão, que fica na pista de subida da rodovia dos Tamoios, ligando Caraguatatuba até São José dos Campos, ganhou o nome de Antônio de Queiroz Galvão, fundador da Queiroz Galvão, empresa que fez a obra finalizada em março de 2022.

 

O nome concedido ao túnel foi feito através de uma lei sancionada ontem, quarta-feira, dia 8, pelo governador Tarcísio de Freitas(Republicanos). O túnel com 5.555 metros de extensão levou seis anos para ser concluído.

 

Antônio de Queiroz Galvão, empresário proprietário do Grupo Queiroz Galvão e engenheiro brasileiro, formado pela Escola de Engenharia de Pernambuco. Faleceu em 19 de janeiro de 2020, aos 96 anos de idade.

 

Nascido no município de Timbaúba, na Zona da Mata Norte de Pernambuco e filho de um vendedor de secos e molhados, Antônio Queiroz Galvão se transferiu com a família para a capital pernambucana ainda menino.

 

Em 1946 formou-se em engenharia civil pela Escola de Engenharia de Pernambuco. Sete anos mais tarde e com a experiência adquirida como diretor de Obras da Prefeitura do Recife, fundou com o irmão Mário a pequena construtora Queiroz & Galvão Ltda.

Mais tarde integraram-se aos negócios os irmãos mais novos Dário e João. Entre as primeiras obras realizadas pela empresa estão as vias de ligação rodoviária entre as cidades do Cabo de Santo Agostinho e Escada e a pavimentação da BR 101.

 

 

Túnel

 

 

Segundo a Concessionária Tamoios, o túnel de 5,5 km, foi vazado com máquina tuneladora combinada com explosões, tendo sido usados 3 milhões de quilos de explosivos para escavar e retirar 1,7 milhão de m3 de rochas. Para sustentação das paredes, foram usados 80 mil m3 de concreto, quase um quarto do total consumido em todo trecho novo – 300 mil m3 de concreto.

 

Por se tratar de obra no interior do Parque Estadual da Serra do Mar, unidade de conservação estadual, a construtora Queiroz Galvão precisou instalar um teleférico para o transporte de trabalhadores, materiais e equipamentos. Ainda para evitar danos à mata, foi construída uma escada com 1.200 degraus e 420 m de altura para dar acesso ao emboque do túnel. Os três maiores têm um túnel de serviço perfurado ao lado, para ser usado também em situações de emergência, permitindo a entrada de ambulâncias. Os túneis auxiliares contam com sistema de imunidade a incêndios.

 

A perfuração do principal túnel do novo trecho de subida da Tamoios contou com uma equipe de 300 pessoas. Também foram empregadas tecnologias nunca usadas no Brasil pela empreiteira Queiroz Galvão. Por se tratar de obra em reserva de Mata Atlântica, para acessar um dos emboques do túnel foi necessário construir uma escada com 1.200 degraus e desnível de 420 metros de altura.

 

Outro equipamento utilizado foi o teleférico de carga para o transporte de trabalhadores, materiais e equipamentos, o que evitou danificar a mata. O manejo de infiltrações de águas subterrâneas também se revelou um desafio. Houve trechos em que foram enfrentadas infiltrações de 80 mil litros por hora.

 

Todos seguem o padrão da rodovia, com pistas duplas e acostamento. São dotados de jatos ventiladores, portas corta-fogo e saídas de emergência, além de cancelas automáticas que bloqueiam o túnel em caso de acidente. O sistema de combate a incêndios inclui sensores de calor e fogo, desencadeando resposta automática do sistema, hidrantes duplos, extintores e mangueiras de longo alcance. Os equipamentos estão em pontos de apoio instalados a cada 60 metros de túnel.

 

Um sistema de exaustão retira a fumaça em caso de incêndio. Os alto-falantes são usados para transmitir inclusive mensagens em tempo real, como acidentes ou interdições. As câmeras de detecção automática de acidentes geram alerta quando um carro quebra e para no interior, ou quando um pedestre ou um animal invade o túnel. Há ainda sensores de poluição, medindo a concentração de gases entre a pista de rolamento e a abóbada.

 

O novo trecho, com 21,5 quilômetros, tem 12,5 km em túneis, além do mais longo com 5.555 metros, existem outros dois, um deles considerado como o segundo maior do país com 3.675 metros e outro de 3.270 metros de comprimento. O trecho conta ainda com 2,6 km de viadutos. A subida da serra pelo novo trecho pode ser feita em 15 minutos a uma velocidade média de 80 Km/h.

 

 

 

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