Km 52 da Tamoios deve ser liberado parcialmente ao tráfego dentro de 45 dias

Desvio no Km 52 da Tamoios existe desde 2015 devido a queda de encosta sobre a pista sul. Obra de recuperação do trecho foi orçada em R$ 70 milhões

 

Interditado desde 2015, o trecho da pista de acesso ao litoral norte no km 52 da Rodovia dos Tamoios deverá ser parcialmente liberado ao tráfego dentro de 45 dias. As obras de recomposição do talude existente no local devem ser concluídas em 17 meses.

 

As obras de recomposição do talude do km 52+400 até o km 53, pista sul, em Paraibuna,   foram iniciadas no dia 18 de fevereiro, realizadas pela Concessionária Tamoios, sob fiscalização da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).  Cerca de 35 mil motoristas usam diariamente este trecho da rodovia.

 

As obras orçadas em R$ 70 milhões estão sendo feitas pela Concessionária Tamoios. O pacote de melhorias para a recomposição do talude contempla serviços de terraplenagem, contenção do muro com implantação de solo grampeado com tela metálica, instalação de cortina atirantada, retaludamento com plantio de grama e serviços de drenagem com linha DHP (Dreno Subhorizontal Profundo), que captam as águas distantes e conduzem para fora do local, técnica utilizada para estabilização de encostas naturais.

 

No último sábado, dia 4, uma comitiva fez uma visita técnica ao local, com as presenças do secretário de Parceria em Investimentos, Rafael Benini, a secretária de Meio-Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, o diretor-geral da ARTESP, Milton Persoli, e o presidente da concessionária Tamoios, Marcelo Stachow.

 

Entenda

 

Apesar de ser considerada uma das rodovias mais modernas do país, a Tamoios mantém um desvio no km 52, em seu trecho de planalto. As obras no trecho foram iniciadas e devem ser concluídas em 45 dias.

O desvio no Km 52 da Rodovia dos Tamoios, na pista em direção ao litoral, no trecho de planalto, que fica no município de Paraibuna, existe desde fevereiro de 2015, causado pelo deslizamento de encosta durante fortes chuvas ocorridas em fevereiro daquele ano.

Por um bom tempo, cerca de cinco anos, discutiu-se na justiça, na Comarca de Paraibuna, quem deve fazer as obras de contenção da encosta e liberar a pista de acesso ao Litoral Norte: o Estado, através do DER ou a Concessionária Tamoios.

Antes de assumir a estrada, em abril de 2015, a concessionária Tamoios teria feito um relatório no qual apontava os problemas no Km 52, que deveria ser resolvido pelo DER, pois tratava-se de um “passivo antigo”.

O impasse durou muitos anos. Em setembro do ano passado, o Estado repassou à concessionária Tamoios as obras de conclusão dos contornos, que estavam paralisadas desde 2018. A concessionária terá R$1,5 bilhão para concluir as obras e liberar os contornos em novembro de 2023.

A negociação de retomada dos contornos acabou colaborando para que a concessionária aceitasse fazer as obras necessárias para acabar com o desvio no Km 52. O início e conclusão das obras no trecho ainda dependem da aprovação do projeto e do cronograma que será elaborado pela concessionária. A informação é de que as obras no km 52 deveriam ser iniciadas até agosto de 2022,mas isso não ocorreu.

O desvio no Km 52 sempre foi perigoso, principalmente, durante o período noturno. Após reclamações dos usuários, a concessionária Tamoios reforçou a sinalização no trecho com cones. Quem costuma circular pelo trecho, onde é preciso “adentrar” a pista contrária, conhece bem os riscos. Aqueles que viajam pela primeira vez na rodovia, se assustam com o desvio, que os leva a pista contrária. Isso vem ocorrendo desde 2015.

No final do ano passado, a concessionária informou que o projeto de  recuperação do km 52 seria entregue à ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) nos próximos 30 dias. A agência confirmou que o plano de obra está em fase de elaboração e que as intervenções serão definidas depois da conclusão do projeto.

O talude fica no trecho de planalto no município de Paraibuna, em direção ao litoral. A obra no local é aguardada há mais de oito anos, pois durante esse período o tráfego tem sido desviado por conta dos taludes rompidos.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *