Aves conhecidas como Biguás, também, identificadas popularmente como mergulhão e pata-d’água, tem surpreendido banhistas na praia Martim de Sá, a mais badalada de Caraguatatuba. A aves “cruzam” a praia, normalmente, nadando ou mergulhando, do sul em direção ao norte, e podem ser vistas a menos de 50 metros da areia. Foto: Banhista parou caminhada para observar ave na Martim de Sá, em Caraguatatuba
Dentro ou fora da água, os banhistas ficam apreciando os mergulhos dos biguás. Os biguás são vistos sozinhos, nunca em grupos. As aves medem entre 60 a 90 centímetros e pesam em média 1,80 quilo . A plumagem é negra nos adultos e marrom escura nas aves juvenis. Possuem pescoço longo e cabeça pequena e necessitam encharcar suas penas para facilitar o mergulho. Se alimentam basicamente de peixes. Trata-se de uma espécie aquática que caça mergulhando e permanece um bom tempo debaixo d’água. O biguá não se afasta da costa para se aventurar no mar, por isso, fica próximo da praia durante suas travessias.
O presidente do instituto Argonauta, Hugo Gallo, disse que são aves comuns na região, habitam a zona costeira, rios e mangues e ainda ilhas próximas da costa. Segundo Gallo, são aves inofensivas, não oferecem risco aos banhistas. Ele alerta que os banhistas não devem tocar e nem tentar segurar a ave durante a sua passagem, pois pode ser “bicado” por ela.
Argonauta
No dia 24 de fevereiro, o Instituto Argonauta realizou a soltura de dois biguás, da espécie Phalacrocorax brasilianus. As aves foram resgatadas feridas em praias de Caraguatatuba e São Sebastião.
O primeiro deles havia sido resgatado pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta, em Caraguatatuba/SP, em meados de novembro do ano passado. O animal estava com um peixe preso na boca o que provocou algumas feridas e o deixou debilitado. Após alguns dias, na Unidade de Estabilização do Instituto Argonauta em São Sebastião, ele foi encaminhado para o Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) em Ubatuba/SP, onde permaneceu em tratamento por 3 meses.
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Já o segundo biguá, foi encontrado ferido e sem conseguir levantar voo na Praia da Enseada, em São Sebastião/SP, no início de dezembro de 2022. Após a estabilização, também foi encaminhado para o CRD do Instituto Argonauta em Ubatuba/SP.
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Durante o período de reabilitação, ambos receberam os tratamentos necessários e, depois de exames físicos e clínicos e testes de voo, com resultados positivos, eles foram considerados aptos para a soltura. Nos dois casos, os animais foram encontrados através do acionamento realizado pela população local.
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O Instituto Argonauta atua na região em parceria com o @aquariodeubatuba.oficial para o resgate e reabilitação de fauna aquática, e é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos.