As famílias que perderam suas casas durante as chuvas que atingiram o município de São Sebastião e que estão em abrigos e , também, aquelas que deixam as casas em áreas de risco, estão sendo alojadas inicialmente em hotéis e pousadas da cidade. Após 180 dias, devem ser transferidas dos hotéis e pousadas para Vilas de Passagem, até que, sejam concluídas as moradias em que as famílias irão morar em definitivo.
O governador Tarcísio de Freitas quer agilizar a construção de casas para as famílias desalojadas no município, foi o que ele garantiu durante coletiva concedida à imprensa na tarde de ontem, quarta-feira(1º), em São Sebastião. Segundo ele, 120 empresários do setor hoteleiro aceitaram alojar as famílias retiradas das áreas de risco. São 4.100 leitos colocados à disposição das famílias desalojadas e desabrigadas pelas chuvas.
“Já vamos começar amanhã (quinta-feira) essa transferência. Daremos prioridade às pessoas com deficiência e idosos acamados. Ao longo dos próximos dias, vamos abrigar todos na rede hoteleira”, afirmou Tarcísio de Freitas.
Segundo ele, as despesas serão bancadas pela iniciativa privada. Um grupo de 84 pessoas, por exemplo, já ocupa apartamentos de uma colônia de férias do Itaú, na região central. Ainda ontem, famílias já estavam sendo alojadas em hotéis e pousadas de Juquehy, na costa sul. São cerca de 824 pessoas que serão alojadas em hotéis e pousadas.
Começaram as transferências das famílias abrigadas nas escolas do Instituto Verdescola, na EE Henrique Tavares e na Creche do Sahy, todas na Barra do Sahy, para hotéis e pousadas da costa sul do Litoral Norte que firmaram parceria com o Governo de SP.
A prioridade foi dada às pessoas com deficiência e acamadas, que já começaram a ser removidas em unidades de resgate da Polícia Militar para os mais de 4 mil leitos disponibilizados pelas rede hoteleira local.
Acomodado o grupo prioritário, a partir desta quinta-feira (2), os mais de 824 desabrigados vão sendo encaminhados aos estabelecimentos, que além de abrigo vão oferecer três refeições ao dia aos atendidos. A iniciativa possibilitará o retorno às aulas nas escolas que estavam servindo de abrigo até agora.
Com relação as famílias que ainda relutam em deixar suas casas, apesar de estarem em área de risco, o governador disse que isso ocorre porque é difícil para essas famílias deixarem seus lares, suas coisas, após tantos anos e tanto sacrifícios para obtê-las. Segundo ele, as famílias estão inseguras, desconfiam de que não terão novas casas em definitivo, é compreensível. “Temos que mostrar seriedade, garantir que terão acesso a novas casas em local seguro. Tenho fé de que vamos remover todo mundo que ocupa área de risco”, disse.
Casas
O governador de São Paulo também reforçou o compromisso de erguer novos conjuntos habitacionais para as famílias atingidas e moradores de áreas de risco nos próximos 180 dias. Até a conclusão das obras, os afetados deverão ser instalados em Vilas de Passagem, que servirão como lares temporários até que as novas moradias estejam prontas.
“Estamos dialogando para avaliar a melhor solução de moradias definitivas no prazo de 180 dias. Vamos construir a quantidade necessária para remover as famílias de áreas de risco e darmos lares seguros a elas”, disse.
Um primeiro terreno já foi desapropriado em Barra do Sahy para a construção de 200 casas. Outras áreas estão sendo avaliadas, entre elas, em Barequeçaba (5 mil m2), na Vila Sahy (10,6 mil m2), duas áreas em Maresias, uma de 6,4 mil m2 e outra de 12,5 mil m2 e na Topolândia ( 8,9 mil m2). A maioria das áreas foram indicadas pelo prefeito Felipe Augusto.
O governador disse que estuda a corrução de prédio de 3 a 4 andares para alojar as famílias desabrigadas pelas chuvas. Segundo ele, sem precisar alterar o plano diretor do município. Atualmente, em São Sebastião, a legislação permite apenas 3 pavimentos.