Ong Verde Escola mantém atuação humanitária exemplar no atendimento as vítimas da tragédia de São Sebastião

Criado em 2005 pela família do empresário da comunicação, Roberto Civita, já falecido, que mantém há muitos anos casa de veraneio na costa sul sebastianense, o Instituto Verdescola, considerada uma das melhores ongs do país, teve e está tendo uma papel humanitário exemplar na tragédia que atingiu São Sebastião.

 

O Instituto que fica na Barra do Sahy, um dos locais mais atingidos pelas chuvas recentes, é uma organização sem fins lucrativos, mas conta com parceiros importantes como bancos, entre eles, o Itaú, o Safra e o Credit Suisse e também de parceiros institucionais como a Riachuelo, a EDP, o Sesi e a prefeitura de São Sebastião, entre outros.

 

A proposta da ong, desde que, passou a atuar em São Sebastião, em 2008,   sempre foi tentar ajudar a melhorar a vida dos moradores da costa sul. , “Juntos pela Educação, podemos mudar a realidade de milhares de moradores da região.”, frase de Maria Antonia Civita, é destaque na  página oficial do instituto nas redes sociais.

 

O Instituto atende, diariamente, cerca de 1.000 beneficiários, por meio de três eixos: Educação, Meio Ambiente e Apoio Social. Os números são impressionantes: já atendeu 6.000 crianças no reforço escolar, 540 jovens formados no ensino técnico, mais de 930 adultos capacitados para o mercado de trabalho e mais de 90 mil refeições distribuídas anualmente.

 

No eixo de Meio Ambiente, são realizadas ações com a comunidade, que envolvem coleta de resíduos nos bairros e praias da região, preservação do bioma local, visitas às Áreas de Proteção Ambiental, cultivo e distribuição de alimentos orgânicos, e monitoramento das águas dos rios.

 

As ações de Apoio Social incluem sessões com Psicopedagoga para alunos com dificuldades de aprendizagem, e atendimento as famílias que se encontram em situação de risco. Garantindo, assim, os direitos básicos de cidadania e acesso à educação. Na atuação em Políticas Públicas, oferece apoio social às famílias em extrema vulnerabilidade social, por meio de emissão de documentos, Mutirões de Saúde e encaminhamento para programas governamentais.

 

Tragédia

 

Por ter sua sede de 3.500 m2 de área construída, justamente no local mais atingido pelas chuvas, ao lado da Vila Sahy, o Verdescola foi transformado em hospital, centro de acolhimento dos desabrigados e até numa espécie de funerária- os corpos recolhidos nos escombros foram levados inicialmente para o instituto até que a estrada fosse liberada ou chegassem as aeronaves para fazer o transportes do corpos.

 

Segundo a advogada Fernanda Carbonelli, coordenadora de Operações Emergenciais do Instituto Verdescola, por volta das 4 horas da madrugada do domingo, dia 19, as equipes da ong já começaram a trabalhar prestando ajuda às famílias desabrigadas e desalojadas.

 

A Vila Sahy, o local mais atingido pelas chuvas e onde ocorreram a maioria das 57 mortes no município, é uma área de 110.612m²,  vizinha ao Parque Estadual da Serra do Mar (Pesm), que fica a direita da rodovia Rio-Santos. Do lado esquerdo da rodovia, fica a praia de Barra do Sahy, uma das mais valorizadas do litoral paulista.

 

As famílias que vivem nas encostas da Vila Sahy trabalham no comércio instalados as margens da Rio-Santos, nos luxuosos condomínios construídos a beira mar ou nas obras de construção civil na costa sul sebastianense.

 

No domingo(19) e nos dias seguintes, sobreviventes e parentes das vítimas da Vila Sahy passaram pelo instituto onde além da ajuda humanitária que prestava aos desabrigados e desalojados, também ficaram cerca de 45 corpos recolhidos pelas equipes de resgate dos escombros da região.

 

Naqueles dias, domingo, segunda, terça e quarta-feira, o instituto também serviu de apoio as equipes de resgate composta por bombeiros, Exército, policiais militares, defesa civil e voluntários, bem como, atuou com médicos e psicólogos para as famílias atingidas pela tragédia.

 

Segundo declarações de Fernanda à imprensa, o instituto servia alimentação para mais de 1.100 pessoas, quatro vezes ao dia, além de atender outros três abrigos instalados pelas autoridades para atender os desabrigados e desalojados pelas chuvas.

 

“O instituto está cumprindo seu maior dever que é dar dignidade às pessoas da Vila Sahy. “Tem famílias que perderam tudo, mas também temos histórias lindas de superação. Agora estamos junto dessa comunidade para um novo futuro, tentando acalmar, dar dignidade e humanidade para essas famílias”, disse Fernanda, ao portal Costa Norte.

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