Estado pretende implantar o sistema “cell brodcasting” para o envio de alertas de desastres naturais

Sistema de alerta através de SMS não mostrou eficiência em São Sebastião. Governador quer implantar o brodcasting e sirenes para alertar moradores sobre acidentes naturais. Chega a 54 o número de mortes por causa das chuvas no Litoral Norte 

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que pretende incrementar o aviso de chuvas implantando o sistema brodcast e sirenes em áreas de risco.

 

O sistema de alerta por SMS não está sendo eficiente, segundo o governador. Tarcísio de Freitas antecipou que fará conversas com representantes das companhias de telefonia celular para avaliar meios para facilitar o envio de mensagens via SMS para alertar a população em ocasiões de risco de desastres.

 

“Mais de 30 mil pessoas no litoral receberam mensagens de alerta. Foram disparadas 2,6 milhões de mensagens SMS, mas não foi suficiente. Vamos dialogar para utilizarmos um sistema que possa alcançar todos”, declarou

 

A ideia do governador de implantar o sistema brodcast para o envio de alertas de desastres naturais à população é bem interessante.

 

Com o “cell broadcasting” os usuários de telefone celular que vivem em áreas de risco passarão a receber mensagens automáticas de texto, em formato pop up, sobrepostas à tela do celular, quando houver algum risco de desastre natural na região em que vivem.

 

Segundo a Anatel, a nova opção tem como vantagem a não dependência de cadastro prévio dos consumidores, ao contrário do que acontece com o envio por SMS, por exemplo, que depende do cadastramento dos moradores das áreas de risco.

No sistema brodcast os alertas emitidos pela Defesa Civil e transmitidos pelas operadoras de telefonia chegam a todos os receptores simultaneamente.  Segundo a Anatel, as operadoras deverão realizar testes e colocar em vigor a nova tecnologia até dia 31 de dezembro de 2023.

 

“Vamos ver como isso pode ser operacionalizado. Além disso, vamos instalar os sistemas de sirenes, que já existem em alguns outros estados”, disse o governador em coletiva de imprensa.

 

. “No ano que vem, na próxima temporada de chuvas, haverá sirenes avisando as pessoas nessas áreas de risco e elas estarão treinadas pra saber o que fazer quando essas sirenes tocarem”, finalizou.

 

O sistema de sirenes é usado em Angra dos Reis, na costa sul-fluminense. A prefeitura mantém um sistema de alerta com   20 blocos de sirenes, distribuídas em 26 bairros que abrangem as áreas de risco. As sirenes soaram para alertar moradores sobre a possibilidade de deslizamentos e alagamentos.

 

Angra dos Reis tem 20 sirenes espalhadas nas áreas de risco

 

Tanto no continente quanto na Ilha Grande, um dos locais de maior concentração de turistas, os moradores são informados sobre os riscos de deslizamentos por meio do sistema de sirenes e SMS, acionado a partir do monitoramento constante feito pela Defesa Civil no CEMADEN – AR (Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais de Angra dos Reis). As sirenes foram implantadas pelo Governo do Estado em setembro de 2014.

 

Ministro

 

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, também reconheceu que o alerta não foi efetivo. “Foram disparados 2,6 milhões alertas antes das chuvas que nós tivemos agora via SMS. E a gente viu que isso, eventualmente, não tem a maior efetividade. Aqui para o litoral, mais de 30 mil pessoas receberam o SMS de alerta. Então, a gente precisa ter uma maneira mais efetiva”, reconheceu.

O número de mortos pela tragédia no Litoral Norte chegou a 50 pessoas, sendo 49 em São Sebastião e uma em Ubatuba, de acordo com os dados divulgados pelo governo do estado de São Paulo, ontem,  quinta-feira (23).

*Com informações da Agência Brasil

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