Vice-cacique da Aldeia Tekohá Djey, em Paraty, vai à Brasília cobrar ações de segurança contra as ameaças à aldeia

Indígenas foram ameaçados de morte no início da semana

A vice-cacique da Aldeia Tekohá Djey, em Paraty, Neusa Kunhã Takuá vai para Brasília nesta quinta-feira (26), onde encontrará a ministra Sonia Guajajara para tratar, entre outros assuntos, da segurança da aldeia. Na manhã desta quarta-feira, 25 ela protocolou denúncia no Ministério Público de Angra dos Reis, contra a invasão ocorrida no início da semana.

 

Durante a reunião com o representante da 2ª Cia Independente de Polícia Militar e integrantes do Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), terça-feira, 24, Neusa não obteve nenhuma resposta concreta de ação para proteção da aldeia, por isso ela irá à capital federal em busca de providências. Na última segunda-feira, 23, um homem invadiu a aldeia e ameaçou os indígenas de morte. A 167ª delegacia de polícia registrou a ocorrência.

 

 

A Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (Arpin Sudeste) divulgou uma nota informando que a polícia foi acionada para ir ao local e, junto com os moradores fazer ronda e vigília ao redor da aldeia. O comunicado informa também que a terra indígena em questão está em processo de demarcação e pede que as autoridades tomem ciência do que vem ocorrendo no local e exige resposta e segurança para a comunidade.

 

Neusa explicou que o um processo de regularização das terras indígenas tramita na Fundação Nacional do Índio (Funai) e que a reivindicação da aldeia é de 2370 hectares. Segundo ela o processo precisa ser encaminhado para o Ministério da Justiça, encarregado de fazer a portaria declaratória do limite.

 

Além da audiência com a ministra Guajajara, Neusa Kunhã participa de uma reunião com entidades ligadas ao movimento indígena. A vice-cacique espera retornar a Paraty com respostas concretas e um plano de segurança que contemple a comunidade: “Não aguentamos mais ser ameaçados e não ter uma resposta do Estado em defesa da população indígena,” desabafou Neusa Kunhã.

*Fotos e texto: Mônica Marins

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