Um decreto presidencial assinado no último dia 6 de dezembro criou o Inpo(Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas), uma nova instituição dedicada à pesquisa sobre oceanos.
O Inpo trata-se de uma OS (organização social) vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com o objetivo de ampliar os estudos dessa área no país.
A entidade deve começar a funcionar ainda neste ano, e o seu nome, como já anunciam páginas do próprio ministério, deve mudar futuramente para Inmar (Instituto Nacional do Mar).
A sede do Inmar será instalada no parque tecnológico da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), como um instituto privado, mas sem fins lucrativos.
O Inmar terá 17 funcionários e orçamento anual de R$ 10 milhões. Segundo Segen Farid Estefen, diretor-geral do Inpo e professor da UFRJ, “o Brasil tem que ter cada vez mais um protagonismo internacional em relação aos oceanos, porque tem uma costa muito longa e muitas atividades no mar”.
Em entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo, Segen afirmou que o Inpo não vai fazer política de Estado em relação ao mar. Quem faz isso é o governo e o Parlamento. O que vamos fazer é dar subsídios, do ponto de vista científico, para que essas políticas públicas sejam embasadas na ciência e na tecnologia e possam ser implementadas.
Na entrevista, ele destacou que o grande ponto focal nos próximos anos e décadas vai ser o oceano, que é pouco entendido ainda. Os oceanos são influenciados pelas mudanças climáticas ao mesmo tempo que influenciam essas mudanças. Segundo ele, é preciso entender o que está acontecendo localmente também e agregar esses conhecimentos do ponto de vista do Brasil.
“Eu acho que o Brasil tem que ter cada vez mais um protagonismo internacional em relação aos oceanos, porque nós temos uma costa muito longa e muitas atividades no mar. Os números dizem que cerca de 20% do PIB brasileiro de certa forma têm relação com as atividades no mar. Isso representa muitos empregos, muitas atividades, e há grande potencial para aumentar ainda mais”, destacou.