A sede da Associação de Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha, em Caraguatatuba, sedia nesta quarta(7) e quinta(8), o evento Caravanas do Bem Viver, que discutirá os direitos territoriais das comunidades tradicionais.
Serão realizadas oficinas e rodas de conversa que irão levar os participantes a refletirem sobre as relações que estabelecem com seus territórios por meio da pesca artesanal, a “maricultura artesanal”, o turismo de base comunitária, entre outras práticas territorializadas.
O evento acontece das 8 as 18 horas. O encontro é parte das Caravanas do Bem Viver, idealizado pelo Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Maricultura
Na Praia da Cocanha, existe a maior fazenda de marisco do Estado de São Paulo. São pelo menos 17 famílias que hoje vivem do cultivo e coleta do mexilhão, também conhecido por marisco, e que rendem média de quase uma tonelada por mês.
Além do cultivo, a fazenda também é rota de passeio para quem quer conhecer o plantio submerso, por isso, a atividade qualificada como Turismo de Comunidade de Base também é um atrativo para Caraguatatuba.
O projeto foi iniciado na década de 80, através do FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura ). Denominado Martim Pescador, o projeto foi desenvolvido pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente a comunidade de pescadores artesanais
Os pescadores artesanais foram instruídos sobre como fazer o cultivo e a produção de mexilhão como alternativa de renda no período em que a pesca fosse proibida em função dos defesos.