O crescimento no número de casos de dengue volta a preocupar as secretarias de saúde do Litoral Norte, que preocupadas com a proximidade do período de chuvas- quando as condições climáticas favorecem os criadouros do mosquito transmissor, intensificam as ações de conscientização e controle de vetores para impedir uma explosão de casos durante o verão.
O Litoral Norte contabiliza em 2022, segundo dados repassados pelas prefeituras, um total de 1942 casos confirmados da doença e uma única morte, ocorrida na cidade de São Sebastião. A vítima foi um homem de 64 anos, morador de Boiçucanga, na costa sul do município.
São Sebastião lidera o número de casos. São 1069 casos confirmado e uma morte. Segundo a prefeitura, há 24 casos em investigação. O Departamento de Vigilância em Saúde reforça que os moradores precisam se conscientizar e fazer a sua parte, realizando vistoria semanal em seus quintais, guardando ou eliminando objetos que possam acumular água, principalmente após as chuvas, pois os principais criadouros foram encontrados nos quintais das casas. Também fazer uso contínuo de repelentes, uma das principais armas individuais de combate à doença.
Ilhabela é a cidade com o maior número de casos. Segundo informou a prefeitura, são 498 casos confirmados até a última quarta-feira, dia 9. A Prefeitura de Ilhabela informa que até o momento, a cidade possui 2.660 casos notificados para Dengue, sendo 489 positivos e 2171 descartados.
Segundo a prefeitura, a equipe de Controle de Vetores de Ilhabela (CVI), realizam visitas diárias nos bairros, além de fiscalizar e atuar nas casas. Nas regiões onde há maior incidência de casos confirmados, a equipe do CVI intensifica sua atuação, além de realizar o controle semanal dos PE’s – Pontos Estratégicos e IE’s – Imóveis Especiais, em número de 100 cadastros na cidade.
A CVI utiliza um drone para fiscalizar os bairros mais afetados pelo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A Prefeitura também trabalha na questão de conscientização, com diversas campanhas realizadas durante todo o ano.
Em Caraguatatuba, segundo a prefeitura, são 209 casos confirmados em 2022. Ao longo do ano passado foram 72 casos da doença. A 4ª Avaliação de Densidade Larvária (ADL) de 2022 apurou índice de 1,1%, classificado como situação de alerta para o risco de contaminação pelo mosquito Aedes aegypti.
Os agentes do Centro de Controle de Zoonoses continuam vistoriando imóveis e orientando os moradores. Nos meses de verão, com as chuvas, aumenta o acúmulo de água, favorecendo o surgimento de focos do mosquito transmissor.
Em Ubatuba, o boletim informativo da Vigilância Epidemiológica de Ubatuba, divulgado na segunda-feira (7), informa que o município contabiliza 166 casos de dengue e outros seis de Chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor também da Zika e febre amarela.
Os dados somam todos os casos positivados ao longo de 2022 e mostram ainda que os bairros com maior incidência da dengue no município são, respectivamente, Perequê-Açu, Itaguá, Estufa II, região central e Ipiranguinha. Já os casos de Chikungunya foram registrados em bairros como Rio Escuro, Lagoinha, Estufa I e II e Ipiranguinha.
O setor de Controle de Endemias da Secretaria de Saúde de Ubatuba concluiu uma nova Avaliação de Densidade Larvária (ADL) no município que apontou taxa de 1,3% de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela.
Os dados foram coletados durante o mês de outubro em 1.332 imóveis espalhados por toda a cidade. A nova ADL de 1,3% recoloca Ubatuba em estado de alerta. Para entender melhor, o Ministério da Saúde possui três classificações: até 1,0% o resultado é satisfatório; de 1,1% a 3,9% é estado de alerta; e acima de 4,0% é considerado alto risco para epidemia de doenças arboviroses.
Em 2022, o município já registrou ADL de 1,0% em agosto, de 3,3% em abril e de 0,9% no mês de janeiro. Uma nova Avaliação de Densidade Larvária deve ser divulgada no início de 2023.
A Secretaria Municipal de Saúde pede que a população redobre os cuidados com a eliminação de criadouros do mosquito, mantendo a limpeza frequente dos imóveis e caixas d’água, não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas ou outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito.
Com o início do período de chuvas constantes na cidade, a Secretaria Municipal de Saúde alerta os moradores para o cuidado na eliminação dos possíveis criadouros do mosquito para se evitar novas epidemias. Nesta época do ano, o mosquito procura locais quentes e úmidos para a eclosão dos ovos e, por isso, os cuidados para evitar água parada devem ser redobrados.
A secretaria reforça ainda que a população mantenha a limpeza frequente dos imóveis e caixas d’água, não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas ou outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito. Como prevenção pessoal, intensificar o uso de repelentes e optar por roupas que minimizem a exposição da pele também são medidas que evitam a picada do mosquito transmissor.
Além de campanhas de prevenção contra as arboviroses, o setor de Controle de Endemias realiza constantemente ações de vistorias em residências e comércios de diferentes bairros da cidade.