Encerrado exercício que simulou acidente em usina nuclear de Angra dos Reis

Foi encerrado nesta quinta-feira, dia 27, na costa sul-fluminense, o Exercício Geral do Plano de Emergência para a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), situada em Angra dos Reis.

 

O exercício foi realizado nos dias 25, 26 e 27 de outubro envolvendo moradores de Angra e Paraty, tendo como objetivo foi simular o cenário de acidente em uma das usinas da Central Nuclear e ter uma rápida resposta a essa emergência pelos atores envolvidos.

 

​O Simulado de Emergência para a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) realizado nos dias 25,26 e 27 permitiu avaliar a eficácia dos planos de emergência, identificar pontos vulneráveis e aperfeiçoar os procedimentos de atendimento a situações de emergência.

 

Dentre os objetivos do exercício simulado, ressalta-se a demonstração da capacidade de mobilização de recursos previstos nos diversos planos de emergência e de implementar em tempo hábil as medidas de proteção para a população. Mesmo baseado em uma situação fictícia, é uma operação que envolve entidades civis e militares, além de parte da população da região de Angra dos Reis e Paraty.

 

Durante a realização do exercício, em caráter de voluntariado, ocorreram  ações de remoção de parcela dos residentes do entorno da CNAAA. As sirenes do Plano de Emergência Externo do Rio de Janeiro, localizadas nessas áreas, foram acionadas durante a atividade.

 

Foram realizadas, também, ações destinadas a um pronto atendimento médico, em uma situação de emergência, com a instalação de Hospitais de Campanha na região.

 

Durante o exercício é avaliada a eficácia do plano de emergência nuclear visando a proteção aos trabalhadores, população local e ao meio ambiente. A equipe da Defesa Civil de Paraty ficou responsável pelo lado leste em relação à usina, com ações localizadas da Praia Vermelha até Tarituba. O setor de Comunicação fez parte do núcleo de comunicação (CIEN), responsável por divulgar para a imprensa e a sociedade civil, informações e orientações sobre a emergência nuclear.

 

A simulação contou com a ativação de centros de coordenação e controle instalados em Angra dos Reis, Rio de Janeiro e Brasília, onde especialistas de diversas instituições monitoraram conjuntamente a evolução do acidente simulado. No próximo ano, o simulado será maior, onde envolverá os órgãos participantes e a população local, em um cenário de evacuação.

 

O Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron) – órgão vinculado ao GSI – é o responsável pela organização do exercício. A coordenação das ações de resposta é da Secretaria de Estado de Defesa Civil do Rio de Janeiro. Equipes dos diversos órgãos participam da ação, como as Forças Armadas, Ministério da Defesa, ABIN, Ministério da Saúde, IBAMA, INEA, Eletronuclear, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal, Comissão de Energia Nuclear, Defesa Civil do Estado e Municipal.

 

Desde 1996 são realizados exercícios de resposta à emergência nuclear na CNAAA. Em anos ímpares, ocorrem os simulados gerais, que treinam a estrutura de forma completa. Em anos pares, ocorrem os exercícios parciais, focados nos pontos onde são identificadas maiores necessidades de treinamento e aperfeiçoamento. Estas atividades contam com a participação de peritos e observadores nacionais.

 

Essa troca de experiências resulta na constante revisão da legislação afeta às atividades nucleares no país e tem permitido um aperfeiçoamento contínuo dos respectivos planos de emergência, evidenciando o alto grau de comprometimento do setor nuclear com a segurança nuclear do Programa Nuclear Brasileiro.

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