Kitesurfe brasileiro bate recorde mundial na Praia de Cumbuco, no Ceará

O kitesurfe brasileiro continua batendo recordes e dessa vez quase dobrou seus números no Guinness World Records – o livro dos recordes. O Winds For Future reuniu 884 kitesurfistas na Praia de Cumbuco, em Caucaia (CE) neste domingo (25) e superou a marca anterior de 2019 que foi de 596. Os praticantes velejaram ao mesmo tempo.

A velejada levou representantes de 30 países ao litoral cearense, considerado um dos maiores locais de treino da modalidade. A CBVela – Confederação Brasileira de Vela apoiou os atletas durante o Kiteparade. A Federação de Vela e Motor do Estado do Ceará também estava entre as participantes.

Segundo Daniel Azevedo, vice-presidente da CBVela, eventos como esse, que não tem o foco no alto-rendimento, e sim na participação e na prática vela amadora, são fundamentais para valorizar todos os pólos náuticos distribuídos pelo Brasil.

“Eu enxergo o Kitesurf como um grande potencializador da vela, principalmente na região nordeste, lá temos ventos constantes e água morna praticamente o ano inteiro, tanto para as modalidades olímpicas e não olímpicas, é algo que fomenta muito o esporte e o turismo de aventura”, disse Daniel Azevedo.

A modalidade kitesurfe entrou para o calendário olímpico para Paris 2024 e já faz parte de outros programas de grandes eventos como Jogos Pan-Americanos e Sul-Americanos. Os líderes do país no cenário internacional são Bruno Lobo e Socorro Reis, ambos do Maranhão.

”Temos velas distribuídas de norte a sul e de leste a oeste, muitos campos que não são conhecidos pelos resultados em grandes eventos, mas são reconhecidos pela sua participação e pela promoção da saúde e bem estar pelo esporte. Atletas olímpicos começaram em eventos como esse, as pessoas ficam apaixonadas pelo esporte”, completou Daniel Azevedo, vice da CBVela.

Entre simpatizantes da modalidade, iniciantes, amadores e atletas profissionais, a edição do Winds For Future  consolidou o Cumbuco como meca do kitesurf mundial. As ondas receberam também os multicampeões mundiais como Carlos Mário ‘Bebê’ e Mikailli Sol, que são embaixadores do evento.

O Kiteparede chamou a atenção global sobre questões ambientais, como o aquecimento e a poluição dos mares. ”A energia foi simplesmente indescritível e sem nenhum tipo de acidente ou intercorrência. Reunimos participantes de mais de 30 países diferentes nas águas do Cumbuco nesta edição e tivemos um momento histórico durante a tarde deste domingo, superando a meta de mil pessoas ao mesmo tempo no mar”, contou Mariana Zonari, uma das idealizadoras do evento.

Durante o Kiteparade 2022, o evento obteve 1.500 inscrições, das quais confirmaram-se 1110 velejadores que retiraram a pulseira de acesso ao mar. Durante o evento alguns fizeram pausas durante o desfile – o que não era permitido – e foram excluídos da contagem.

Brasileiros no exterior

Os maranhenses Bruno Lobo, Bruno Lima e Socorro Reis, além de Lucas Fonseca, disputam a partir desta terça-feira (27) do Europeu de Fórmula Kite 2022, em Nafpaktos, no oeste da Grécia. O evento é o último grande teste antes do Mundial. As provas terão quase 140 atletas representando 39 nações de todos os continentes.

Estão programadas regatas curtas que duram 12 minutos, e as finais ainda menores de apenas seis minutos, com pouco tempo de descanso entre as baterias. Depois do Europeu, Bruno Lobo e equipe continuam na Europa para o Mundial de Fórmula Kite 2022, que será em Cagliari, na Itália, de 7 a 9 de outubro.

“O Europeu vai ter praticamente o mesmo nível do Mundial, já que a maioria dos competidores aqui vai para a Itália daqui 10 dias também. As expectativas são as melhores possíveis, fiz um bom treinamento, agora é focar e dar o meu melhor”, contou Bruno Lobo.

Sobre a CBVela

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) é a representante oficial da vela esportiva do país nos âmbitos nacional e internacional. É filiada à Federação Internacional de Vela (World Sailing) e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: oito. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 19 medalhas em Jogos Olímpicos.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *