Paciente de Ubatuba com varíola dos Macacos segue em isolamento e monitoramento médico

Litoral Norte registra dois casos da doença nas cidades de Ubatuba e São Sebastião 

 

Ubatuba confirmou nesta semana o primeiro caso de varíola monkeypox. A doença foi diagnosticada em um munícipe da faixa etária de 20 a 29 anos, que buscou por atendimento em uma unidade de saúde no último dia 1º de agosto e fez o exame que comprovou o resultado. O paciente é morador de Ubatuba e tem histórico de viagem recente para outra cidade do Estado de São Paulo. Ele passou por avaliação médica, não precisou de internação e segue em isolamento domiciliar, com acompanhamento das equipes de saúde da cidade. 

 

A Secretaria de Saúde do Estado confirmou mais um caso da doença, no município de São Sebastião,  na última terça-feira, dia 9, mas a prefeitura local, através da Secretaria Municipal de Saúde,  não divulgou informações sobre o paciente, como idade, bairro, onde teria contraído a doença e seu estado de saúde.  O Estado também não repassou as informações. Até ontem, quinta-feira, dia 11,  não havia registro de casos da doença em Caraguatatuba e Ilhabela.

 

Em Ubatuba, a Secretaria Municipal de Saúde tem feito um trabalho exemplar sobre a monkeypox. Recomenda aos moradores que redobrem as medidas de prevenção contra a doença, que tem como principais sintomas as erupções na pele, febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios, exaustão e gânglios inchados (ínguas).

A transmissão se dá por contato próximo com as lesões de pele, por secreções respiratórias, compartilhamento de objetos e pelo ato sexual por envolver as principais formas de contágio.

Entre os cuidados para evitar a transmissão da varíola monkeypox estão:

– Higienizar as mãos com água e sabão e fazer uso de álcool gel;

– Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;

– Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença;

– Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;

– Usar máscaras faciais que protegem contra gotículas e saliva entre casos confirmados e contactantes.

A Secretaria de saúde de Ubatuba também reforça que em caso de suspeita da doença, a pessoa deve procurar imediatamente pela unidade de saúde mais próxima da sua residência, pois com o diagnóstico precoce é possível fazer o isolamento do paciente e reduzir a transmissão do vírus.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde divulgados na última terça-feira (9) mostram que o estado de São Paulo contabiliza 1.732 casos confirmados da monkeypox.

 

Sobre a varíola monkeypox

É transmitida pelo vírus monkeypoxque pertence a mesma família dos transmissores da varíola humana, erradicada na década de 1980, e que registrava sintomas mais letais. De acordo com especialistas, a varíola monkeypox é clinicamente menos grave, com período de incubação entre 6 e 13 dias, podendo variar ainda de 5 a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O atual surto da doença não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. A varíola monkeypox está sendo transmitida de pessoa para pessoa, com prevalência de transmissão pelo contato íntimo e sexual.

Proteção aos macacos

Os macacos não estão no ciclo da doença e não devem ser maltratados. Matar ou agredir animais silvestres é crime ambiental, com aplicação de multa e detenção.

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