A 49ª Semana Internacional de Vela disputada em Ilhabela realiza neste sábado, a partir das 11 horas, suas duas últimas regatas e promete disputas acirradas. Na classe C-30, a equipe do barco Caballo Loco com Robert Scheidt, bicampeão olímpico, comandada por Mauro Dottori ficou em quarto lugar na regata de ontem, sexta-feira, mas manteve a dianteira no geral empatado com o Kaikias, veleiro do Grêmio de Vela de Ilhabela, com 17 pontos perdidos. A terceira colocação e correndo por fora na briga pelo troféu está o barco Loyalty 06, do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro.
Se por um lado a vitória não veio nesta sexta na regata, a equipe do Caballo comemorou o título do tricampeonato brasileiro na classe C-30: “Ser campeão em três anos seguidos em uma classe tão competitiva é realmente motivo de muito orgulho. É claro que com Robert Scheidt e Juninho de Jesus a bordo as coisas ficam menos difíceis. A regata desta sexta foi complicada para nós, saímos do vento várias vezes e perdemos contato com a flotilha, mesmo assim o quarto lugar foi o suficiente para conquistarmos o tricampeonato. A tripulação trabalhou muito bem e está de parabéns, mas amanhã (sábado) tem mais”, disse Dottori.
Robert Scheidt comentou: “O primeiro objetivo da tripulação era esse título, eu não mereço 100%, apenas 50% porque não corri em Santa Catarina. Hoje não foi uma boa regata para nós. Caímos em um buraco de vento no Pequeá, quando o pessoal estava na nossa frente, de vela balão. Não conseguimos alcançá-los. A regata exigiu muitas decisões difíceis, mas amanhã(hoje) temos mais uma meta a cumprir”.
Na classe principal, a ORC, o barco Phoenix, comandado por Eduardo Souza Ramos, do Iate Clube de Santos, no Guarujá (SP), venceu de ponta a ponta cruzando na frente como Fita Azul e no tempo corrigido. Em segundo lugar veio a equipe Argos, comandada por Jaime Cupertino e com presença dos medalhistas de Bronze olímpicos, Lars Grael e Clínio de Freitas, em terceiro o Phytoervas. O Crioula 52, do Rio Grande do Sul, não teve um bom dia e chegou em nono lugar.
“Tivemos uma situação no meio da regata perto do terminal onde o vento parou , entrou de popa, conseguimos avançar, quando houve a transição para o sudoeste conseguimos fazer essa troca um pouco mais cedo do que ele e também acho que pro lado bom da Ilha e avançamos bem que para eles ficou difícil recuperar”, disse Marco Grael, velejador olímpico e filho de Torben Grael, que relatou como “nada impossível” para buscar o título no último dia.
A disputa segue acirrada e promete. Até o momento o Crioula 52 segue na ponta com oito pontos perdidos contra nove do Phoenix. O barco Argos, de Ubatuba (SP), é o terceiro com 29 pontos.